Waldir Maranhão estaria cobrando do PT uma “dívida” que não existe?

Waldir Maranhão tenta se viabilizar como pré-candidato ao Senado pelo PT, mas sofre rejeição de petistas

O deputado federal Waldir Maranhão (Avante) segue manobrando  e se movimentando para se tornar, de qualquer jeito, o segundo candidato ao Senado na chapa majoritária do governador Flávio Dino (PCdoB), agora, pasmem, por meio do PT e sente, na pela, a rejeição de sua maioria. Nos bastidores, várias vertentes consideram ou “enxergam” que  o parlamentar, talvez, esteja “cobrando” uma “dívida” dos petistas  com relação ao que ele teria feito para evitar o fatídico impeachment da ex-presidente Dilma Rosseff (PT).

“Waldir, guerreiro do povo brasileiro (bis) …” Quem não se lembra deste grito de guerra frenético que veio de inúmeros petistas maranhenses e esquerdistas nas movimentações de protestos contra o impeachment de Dilma, referendando a “bravura” do deputado que, com uma canetada histórica, tentou salvar o mandato e a cabeça da ex-presidente?

Quando esteve presidente da Câmara Federal, logo após o afastamento do ex-deputado Eduardo Cunha, Waldir Maranhão, em uma canetada histórica, anulou três sessões em que os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) e levou petistas e esquerdistas, em todo o país, a ovacioná-lo por tal atitude.

Outrora, a mesma caneta foi a responsável pela desistência da anulação. Waldir Maranhão anulou um ato dele mesmo que cancelava a votação do pedido de afastamento da presidente Dilma, depois de pressionado pela sociedade por conta das consequências do ato. A decisão durou menos de 12 horas, na ocasião.

O caso foi tão inusitado que o diário da Câmara Federal, de 10 de maio de 2016, publicou as duas decisões de Waldir Maranhão. A primeira, que anulava a sessão do impeachment na Câmara, e a segunda que revogava a anulação.

Todos somos conhecedores de que o impeachment de Dilma Rousseff continuou e foi enviado ao Senado Federal, onde a então presidente, em uma manobra de forças obscuras, foi deposta do cargo.

Agora a pergunta que grita aos nossos ouvidos é se Waldir Maranhão, no momento, tentando sair candidato a senador pelo PT, de qualquer forma, estaria cobrando uma suposta “dívida”, referente ao que teria feito por Dilma Rousseff. Mas será que o PT nacional e a direção no Maranhão devem alguma coisa ao parlamentar?

Por outro lado, movimentos recentes do pré-candidato mostram que o mesmo “surfa” entre os grupos envolvidos na disputa pelo governo do Maranhão. Ao reunir-se com o ex-presidente José Sarney, deputado Hildo Rocha, Paulo Marinho e cia, há poucos meses, para discutir sucessão estadual, ele demonstra o tamanho de sua instabilidade e insegurança política.

Envolto a uma série de situações negativas que perpassam por sua passagem pela Universidade Estadual do Maranhão entre outras coisas como nomeações suspeitas, Waldir enfrentou nuvens negras em sua vida política recente, quando teve muita coisa exposta contra si nos veículos de comunicação.

Agora, em outro momento, Waldir acredita que o PT é o caminho certo para levá-lo a uma disputa pelo Senado na chapa de Flávio Dino, mesmo que, para isso, tenha que desbancar os já anunciados pré-candidatos Márcio Jardim e Nonato Chocolate, petistas históricos. É aguardar para ver no que vai dar essa nova fase desta novela chamada “Sucessão Estadual”.

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