Weverton e Simplício mantêm pré-candidaturas; Camarão vê projeto esvaziando após reunião com Dino

Os pré-candidatos ao governo do Maranhão, Weverton Rocha (PDT), Simplício Araújo (Patriotas) e Felipe Camarão (PT) mantiveram seus projetos políticos de disputar a cadeira número 01 do Palácio dos Leões após a reunião da segunda-feira (29) com o governador Flávio Dino (PSB).

O pedetista Weverton tem o projeto mais sólido e mais viável com adesões significativas até aqui. Enquanto o neopetista Camarão viu sua pretensão esvaziando na mesma noite da reunião com o presidente do PT, Augusto Lobato, defendendo o nome do vice-governador Carlos Brandão.

Na fatídica reunião, Dino mostrou sua preferência pelo vice, Carlos Brandão, o que não foi surpresa, mas não foi seguida pela maioria das lideranças presentes. Ou seja, não houve consenso do grupo da base aliada em torno de Brandão.

Nas redes sociais, o senador Weverton Rocha reafirmou que seu projeto para as eleições permanece. Lembrou que várias lideranças estão ao seu lado nessa disputa e disse que respeita a escolha do governador, citando como “pessoal”, mas que fica “particularmente triste com a preferência”.

“Mas em nada mudará nosso respeito e nosso carinho pelo governador Flávio Dino. E é nessa direção que vamos continuar conversando com ele e com toda a base do seu grupo até porque, compreendemos que nós atendemos aos critérios que nós combinamos que iríamos discutir e avaliar, para poder se tirar a candidatura. É uma decisão que ele irá amadurecer com o grupo político e espero que, até 31 de janeiro, encontremos uma solução para construir a unidade no grupo. Iremos, todos juntos, convencê-lo de que o melhor caminho é a pré-candidatura do senador Weverton com o Maranhão Mais Feliz”, afirmou Weverton.

O senador deixou claro que, se não houver unidade, dia 31 de janeiro estará com o mesmo posicionamento. Reforçando ser mais viável a escolha de seu nome, Weverton citou que, durante a reunião, ficaram do seu lado o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto; a senadora Eliziane Gama; presidentes de partidos da base; e deputados federais.

Os secretários de Estado da Indústria e Comércio (Seinc), Simplício Araújo, e o de Educação (Seduc), Felipe Camarão, também confirmaram, em suas redes sociais, que continuam na disputa. Os dois também falam em dialogar com os partidos da base até a definição em janeiro.

“Democrática reunião liderada pelo governador Flávio Dino. Seguiremos em busca da união e consenso. De minha parte, continuarei dialogando com nossos aliados, com os partidos, com nossa militância e com nossa base. Nossa caminhada continua e será reavaliada em encontro da executiva do PT”, afirmou Felipe Camarão.

A onda levou

No frigor dos ovos, sabe-se que Camarão esperava mesmo era o apoio de Dino. Ocorre que a preferência por Brandão deve acabar afastando a cúpula petista estadual do pretenso pré-candidato. No Maranhão, a legenda acata todas as decisões dinistas para se manter nas secretarias de governo que, até o momento, somam seis.

Uma constatação de que a “onda levou Camarão” foi a postura do presidente do PT estadual, Augusto Lobato. Logo após a reunião, ele, que é também assessor especial do governo, manifestou que está com Dino e que, pessoalmente, apoiará Brandão.

Apesar de se uma decisão aparentemente pessoal, vai, com certeza, impactar na decisão do partido. Portanto, a onda levou mesmo o projeto de Camarão que deve ser enquadrado como candidato a vice de Brandão por conta do potencial do PT.

Simplício Araújo pontuou a democracia nas conversas durante a reunião, além de reafirmar sua pré-candidatura. “Registro a democrática reunião com o governador Flávio Dino, colegas presidentes de partidos e pré-candidatos a governador. Vamos manter nossa pré-candidatura a governador e levar aos nossos apoiadores e à executiva nacional do Solidariedade, para deliberar sobre 2022”, frisou. O mais provável é que siga para vaga na Câmara Federal.

Nova reunião do grupo está marcada para janeiro, na qual, segundo as decisões, os partidos aliados irão definir se votam com Dino ou não. A expectativa para esse novo encontro é grande pois, casos haja discordância pelo nome de Bandão, pode se configurar um racha na base governista.

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