CPMI dos Atos Golpistas rejeita convocação de Flávio Dino para depor

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes rejeitou, nesta terça-feira (13), rejeitou o pedido de convocação do ministro da Justiça e SegurançaPública, Flávio Dino. O requerimento contra o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, também foi recusado pela maioria dos parlamentares.

Dias era o chefe da segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro e pediu demissão do cargo depois do vazamento de imagens em que ele aparece circulando pela sede do Poder do Executivo entre os invasores durante a manifestação. Já Flávio Dino é acusado por parlamentares da oposição de omissão durante os atos antidemocráticos.

Outro nome que foi poupado de dar explicações na comissão neste primeiro momento foi o de Ricardo Cappelli. O requerimento que pedia a ele que comparecesse à comissão, na condição de convidado, foi retirado da pauta após a pressão da ala governista.

Cappelli foi o responsável pela intervenção federal na segurança do DF e é atualmente o ministro interino do GSI.

No caso de Gonçalves Dias, havia ao menos dez requerimentos de convite ou convocação na pauta da CPMI, todos protocolados por parlamentares da oposição. No entanto, a convocação de Dias sofreu resistência por parte dos governistas, que votaram contra o comparecimento do general ao colegiado.

Para a relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), a investigação precisa seguir uma ordem cronológica. “No plano de trabalho, eu cito o Gonçalves Dias e outras personalidades que julgo serem importantes, mas vamos seguir uma lógica. Temos seis meses de trabalho, alguém que eventualmente não foi [convocado] agora certamente será na segunda rodada, com a certeza de que todos serão ouvidos”, afirmou.

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