Após desgaste, Brandão retorna Zé Inácio para a Assembleia

Após o desgaste da polêmica homenagem aos movimentos sociais, ligados à esquerda, que o governo Carlos Brandão tentou abortar, esta semana, por meio do seu líder, deputado Neto Evangelista (União Brasil), o Palácio dos Leões anunciou, nesta sexta-feira (05), o retorno à Assembleia Legislativa do deputado estadual Zé Inácio (PT). O parlamentar foi punido por não se sujeitar a negar os grupos que sempre andaram ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi surpreendido com a volta inesperada da titular, Ana do Gás (PCdoB), sem nenhum aviso prévio. Na quinta-feira (04), depois da mancada, a Casa teve que desfazer a descortesia feita com milhares de trabalhadores.

Como se nada tivesse acontecido e “engolindo o choro”, Brandão (PSB), que foi derrotado no parlamento ao lado da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), sua pupila, anunciou, nesta sexta-feira (05), a nomeação do deputado estadual Ricardo Rios (PCdoB) na Secretaria Estadual de Assuntos Legislativos, abrindo vaga novamente para Zé Inácio do PT. Não pegou bem para o governador, eleito com votos da esquerda, tentar deixar o partido do presidente Lula sem representação no parlamento. Não mesmo, depois que tudo chegou a Brasília.

Brandão tentou abortar a homenagem aos movimentos sociais, na última quarta-feira (05), usando, para a tarefa, o líder do governo, deputado Neto Evangelista (União Brasil), direitista, que se sujeitou a articular a rejeição a um requerimento, de autoria do deputado Júlio Mendonça (PCdoB), para fazer deferência, na Assembleia Legislativa do Maranhão, ao MST, Fetaema e Contag.

A sessão solene foi rejeitada no primeiro dia, na quarta (03). Mas quando a repercussão negativa chegou a Brasília, pois o governador Carlos Brandão é filiado ao PSB, partido de esquerda e parceiro do PT,  deram um jeito de votar novamente as homenagens, no Maranhão, e o parlamento teve que voltar atrás na besteira que fez. Sim, porque o governador foi reeleito com votos deste grupo que ele tentou agora, uma vez servido, desmerecer na Assembleia por meio de seu líder.

Bom, mas por que Brandão não queria a homenagem aos movimentos sociais, sobretudo, ao MST (Movimento Sem Terra)? Sabe-se, e não é segredo para ninguém, que a família do governador mantém várias e pomposas fazendas na região de Colinas, denominadas Simeão Brandão, daí a rejeição aos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Mas o latifúndio ainda será assunto de próximos posts deste blog, pois há muitas curiosidades e coincidências sobre isso.

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