Debate da Band: um confronto entre os governos Lula e Bolsonaro

O tão esperado primeiro  debate do segundo turno entre os presideciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL), que evidenciou um verdadeiro “ringue político”,   traduziu-se em um confronto dos governos das duas gestões. Quem venceu? Lulistas e esquerdistas consideram que o ex-presidente ganhou a parada, enquanto bolsonaristas e direitistas enxergam que o atual presidente se saiu  melhor. Normal. Na concepção de quem só assiste sem paixões, há quem diga que o “jogo” terminou empate.

A análise real e imparcial do embate conduz a um grande vitorioso: a direção da TV Band. A emissora usou um modelo novo ao permitir o confronto direto entre os candidatos, que deu certo. Permitiu ao telespectador acompanhar de perto as reações dos debatedores, nas contrações da fisionomia e até no “tapinha” nas costas do oponente (Bolsonaro em Lula).

Bolsonaro parecia bastante cansado, talvez pela longa noite anterior do episódio sobre as meninas venezuelanas, que vivem na periferia do Distrito Federal (DF). Pelo cansaço, até passou uma impressão de cordialidade com os jornalistas que fizeram perguntas durante o debate.

Lula, cauteloso, evitou provocações mais duras, principalmente, sobre as venezuelanas. Não houve novidade ou bala de prata em verdade.

O mais curioso foi o presidente elogiar o seu desafeto, ministro Alexandre de Moraes, de quem é crítico permanente.
O magistrado determinou que o PT remova de suas redes sociais fala de Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas.
Com a decisão favorável, o bolsonarismo alegra-se.

Quando desfavorável, no mínimo, alguns apoiadores propagam o desejo de “fechar” os tribunais.
Os temas que “acuaram” os dois candidatos foram pandemia e corrupção, dando a sensação final de que o desempenho do desfecho dos debatedores os levou ao um empate técnico.

Em análise, no geral, na abordagem da pandemia, Lula saiu-se melhor ao falar das vidas perdidas, as denúncias de corrupção na compra da vacina e a demora na imunização da população. Explorou o maior ponto fraco do adversário.

Já, no último bloco, Bolsonaro saiu-se melhor, ao trazer argumentos sobre a Operação Lava Jato, que lhe foram transmitidos no intervalo pelo senador Sérgio Moro, agora seu aliado, que tomou o lugar do assessor especial da Presidência da República, Vicente Santini. Jair Messias encontrou discurso fácil sobre o tema “corrupção”, usando o tempo, que Lula não explorou bem, em seu favor. Mas é bom que se diga: ambas as abordagens já eram velhas conhecidas desta campanha.

Em resumo, foi isso! De novo, somente o novo modelo de debate idealizado pela  Band.

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