"Núcleo duro" do governo Roseana já trabalha até com o plano "Lobão"

Roseana “quebra” cabeça para controlar processo eleitoral
Lobão pode ser a alternativa, diante do impasse
O chamado “núcleo duro” do governo Roseana Sarney está intensificando calorosas reuniões diurnas e noturnas, no Palácio dos Leões, para tentar montar o complicado “quebra-cabeça” da sucessão estadual de 2014 e guarda a sete chaves o plano de trocar o pré-candidato do momento, Luís Fernando Silva, em caso de sufoco, abrindo terreno então para o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, segundo fonte com bom trânsito no grupo, já que teria mais viabilidade eleitoral.

A grande “dor de cabeça” do “núcleo duro” é encontrar uma forma de emplacar o secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, como governador, no processo de disputa pelo governo no ano que vem, para torná-lo eleitoralmente viável, uma vez que estaria com o controle da máquina.


O “núcleo duro”, formado pela própria governadora, pelo secretário chefe da Casa Civil, João Abreu, pelo marido Jorge Murad, pelo secretário de Saúde, Ricardo Murad, e pelo próprio Luís Fernando Silva, ainda tenta articular a ida do vice-governador Washington Oliveira para a vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pelo ex-conselheiro Yedo Lobão, que se aposentou, para, assim poder colocar em prática o plano A, o que envolveria uma série de manobras arriscadas.

O processo de eleição do novo conselheiro foi, estrategicamente, retardado na Assembleia Legislativa, apesar do presidente Arnaldo Melo (PMDB) negar isso. Com a aposentadoria de Yêdo Lobão, o TCE passou a funcionar, temporariamente, apenas com seis conselheiros.

Especula-se nos bastidores que Washington Oliveira ainda aguarda o desenrolar do processo de eleição direta no Partido dos Trabalhadores (PED), no dia dez de novembro, para, enfim, decidir um rumo a seguir.

Vale lembrar que Washington Oliveira já confessou a seus pares  e, inclusive, à Imprensa que não estaria interessado na vaga do TCE. O que o vice-governador, que é servidor público federal aposentado, desejaria mesmo era continuar na política e, claro, com mandato pela “sobrevivência”.

Toda essa celeuma tem uma justificativa: o fraco desempenho de Luís Fernando Silva, junto ao eleitorado, em todas as pesquisas possíveis e imagináveis, guardadas a sete chaves e divulgadas por vazamento de informações ou não. O “núcleo duro” acredita que com Luís Fernando no governo, ele, enfim, decolaria com potencial para enfrentar o pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino.

Se não trocar Luís Fernando, que tem como seu maior defensor o todo poderoso Jorge Murad, por outro candidato potencialmente viável e não conseguir executar o plano A com renúncia, eleição direta na Assembleia, emplacando o candidato da hora, a governadora será obrigada a permanecer no cargo até o final de 2014, abrindo mão de disputar o Senado Federal para carregar nas costas o “pesado” secretário de Infraestrutura e tentar fazer dele o seu sucessor com o controle da máquina. 

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