Pesquisa aponta crescimento no número de brasileiros que não querem se vacinar contra Covid-19

Mesmo com o efeito devastador da pandemia da Covid-19 no Brasil, uma pesquisa aplicada pelo Datafolha apontou que a quantidade de pessoas que não pretende se imunizar contra o vírus aumentou no Brasil. Segundo a pesquisa, 22% dos entrevistados afirmaram que não pretendem receber doses de uma vacina contra o coronavírus (Sars-CoV-2), enquanto 73% disseram que vão participar da imunização e outros 5% disseram que não sabem.

Em agosto deste ano, uma pesquisa nacional semelhante apontou que apenas 9% não pretendiam se vacinar, o que indica um crescimento preocupante dessa parcela. Considerando o rápido contágio da doença e o fato de que ainda não há uma vacina 100% eficaz, a imunização em massa é um caminho fundamental para o controle da pandemia.

A pesquisa Datafolha foi realizada via telefone celular e entrevistou 2.016 brasileiros adultos, entre os dias 8 e 10 de dezembro, em todas as regiões do país. Ainda segundo o instituto, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O estudo ainda apurou que a resistência à vacinação possui pouca variação relacionada aos grupos como sexo, idade, escolaridade ou renda mensal. Por outro lado, a expectativa de se vacinar ou não possui uma relação direta com a confiança da população no governo atual: enquanto 33% dos brasileiros que confiam no presidente Jair Bolsonaro se disseram contra a vacianção, o número cai para 16% entre os que desejam a vacina. Isso significa que, mesmo que uma vacina não funcione para um indivíduo, ele pode não ser infectado se as pessoas ao seu redor estiverem protegidas.

Além disso, há uma parcela da população que não pode ser vacinada. No caso das vacinas contra a Covid-19, isso diria respeito por exemplo às grávidas, que não participaram dos estudos de imunizantes.

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