CASO BACABAL: Para roseanista, é melhor escapar fedendo do que morrer cheiroso

Bacelar disse que não tinha outra coisa a fazer,
senão apagar  o fogo com o caminhão de fezes
O episódio do incêndio que foi apagado no Maranhão, por falta de um Corpo de Bombeiros, com um caminhão de fezes, no município de Bacabal, mostrado vergonhosamente no Fantástico da rede Globo, no último domingo (07), caiu como uma bomba na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (08). A oposição não poupou críticas e o vice-líder do governo, deputado Magno Bacelar (PV), ainda defendeu o ocorrido. Para ele, é melhor escapar fedendo do que morrer cheiroso.

“Fogo doi, mas as fazem fedem. O que você preferia? Morrer queimado ou sobreviver cheio de fezes? Não tinha outra alternativa. A governadora Roseana Sarney vem acertando a cada dia, fazendo um excelente governo”, disse Magno Bacelar, na tribuna, ao tentar defender o governo do Estado no episódio do incêndio, em Bacabal, apagado com caminhão de fezes por falta de um Corpo de Bombeiros na cidade. Ou seja, interpretando bem, o parlamentar defendeu que “é melhor ficar na merda do que morrer queimado”

Sobre o incêndio em Bacabal (MA), especialistas afirmaram ao Fantástico que foi sorte ninguém ter se ferido, em outubro passado. “Isso aí é uma atitude de desespero, correndo risco, inclusive, depois de virarem vítimas”, alerta o coronel da reserva do Corpo de Bombeiros de São Paulo Paulo Chaves de Araújo.

Como Bacabal não tem Corpo de Bombeiros, quando ocorre um incêndio desses, teria que vir uma equipe da capital, São Luís, que fica a quase 250 quilômetros de distância.

O improviso chegou ao ponto de o limpa-fossa ser usado para apagar o fogo. “Perguntaram: ‘Ei, aí é água?’. Eu digo ‘não, é fezes, mais ou menos uns quatro mil litros de fezes’. ‘A gente está precisando, que aqui o fogo está demais’”, relembra Jaelson Santos Souza.

E essa não foi a primeira vez que ele fez papel de bombeiro. Um ano antes, ele tinha apagado um incêndio em um depósito de reciclagem. “Não fica muito cheiroso não. O importante é resolver o problema”, diz.

No Maranhão, em média, há um quartel de bombeiros para cada 20 cidades.

“Por que não tem mais bases do Corpo de Bombeiros no Maranhão?”, pergunta o repórter.

“A grande problemática é efetivo, tanto que o governo do Estado está otimizando já. Temos um concurso em andamento para a entrada de mais 150 homens neste ano e, em 2014, há uma previsão de mais 150 homens”, respondeu o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Maranhão, coronel Wanderley Pereira.

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