O mundo precisava de um papa franciscano…


Papa Francisco


Esta semana, os olhos do Brasil (católicos e não-católicos) se voltam para o Rio de Janeiro e para Aparecida do Norte (SP), que recebem o Papa Francisco. Todos curiosos para ouvir o que o pontífice tem a dizer, quais mensagens irá passar a um país como o nosso que vive um grande conflito social com manifestações, acompanhadas de vandalismo, que marcam o ano do país.

No Rio, milhares de jovens católicos querem ver e ouvir o primeiro papa franciscano da história mundial, aquele que calça as sandálias da humildade, da simplicidade e que se propõe a ser tão ou mais popular do que João Paulo II. Querem presenciar de perto o papa que andará em carro aberto em pleno centro da polêmica e, por que não dizer, violenta “cidade maravilhosa”.

O papa não parece muito preocupado com os perigos do Rio de Janeiro, tanto que pediu para visitar uma favela, situada na zona norte da capital carioca, em Manguinhos. Queriam tirar da vista do pontífice a realidade cruel dos favelados, mas ele mudou o seu roteiro. Acostumado em quebra de protocolo, podem vir mais surpresas por aí.

Do Brasil e do mundo todo, caravanas e caravanas seguiram para o Rio de Janeiro. Do Maranhão, partiram centenas de ônibus; quem pôde foi de avião. E, certamente, as principais notícias, neste país, girarão em torno do Papa Francisco.

Franciscano – Ao assumir o papado este ano, o argentino Jorge Mário Bergoglio adotou um nome jamais utilizado por outro pontífice: Francisco. Trata-se de uma homenagem a dois santos da Igreja Católica: Francisco de Assis, o protetor dos pobres; e Francisco Xavier, principal missionário cristão no Oriente.


O melhor de tudo é que o novo papa é  franciscano. Franciscano, sim, e isso é muito significante. Quer dizer veste as sandálias da humildade, da simplicidade, está ao lado dos mais pobres. Bergoglio é desprovido. Andava de ônibus, fazia a própria comida…Francisco de Assis, para mim, é um dos santos mais santos da igreja. 

Como católica militante da Renovação Carismática, quero expressar aqui a minha alegria de ter um papa, pela primeira vez, latino-americano e, sobretudo, franciscano. Argentino, sim. Não é brasileiro, mas é latino-americano. Viva! Glória! Aleluia!

Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é filho de italianos e passou a maior parte da vida pastoral na Argentina. Gosta de tango e de futebol, e é torcedor e sócio do time argentino San Lorenzo.

Sandálias da humildade – É reconhecidamente um homem humilde, vive sem ostentação. Tem o hábito de andar de transporte público e de cozinhar. Bergoglio sempre teve uma vida franciscana. A mãe ficou paralítica no quinto parto, por isso ele teve que aprender a cozinhar quando ainda era criança.

Aos 13 anos de idade começou a trabalhar em uma fábrica de meias, como faxineiro. E Bergoglio nunca perdeu o contato com a pobreza. Na adolescência, teve que tirar um dos pulmões por causa de uma infecção.

Tornou-se cardeal em 2001. Quatro anos depois, participou do conclave que elegeu Bento XVI. Embora o resultado das votações seja secreto, vaticanistas respeitados dizem que Bergoglio foi o segundo candidato mais votado em 2005.

Doutrinário – Pelo aspecto doutrinário, o novo Papa é parecido com Bento XVI. É contra a união de pessoas do mesmo sexo, o uso de anticoncepcionais, a ampliação de possibilidades legais para o aborto e a ordenação de mulheres. Por outro lado, tem um perfil mais próximo dos fiéis, e acredita-se que seja mais favorável a reformas na cúria romana.

Bergoglio concentrou ações na promoção social, se esforçou para restabelecer a reputação de uma igreja que perdeu muitos fiéis durante a ditadura argentina. Na época, os religiosos sofriam críticas por não desafiarem abertamente um regime que matou e torturou milhares.

Tornou-se uma voz respeitada, mas que não encontrou muita ressonância nos governos do casal Kirchner. A Argentina se tornou o primeiro país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


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