A Executiva Nacional do PDT decidiu, na tarde desta terça-feira (4), por unanimidade apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial deste ano. A decisão foi anunciada pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Ciro Gomes manifestou-se em um vídeo.
“Tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário, eu repeti isso três vezes, que se tivesse voto contrário podia registrar em ata, a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que a é candidatura do Lula. Chamamos de candidatura do 12 + 1”, disse Lupi, em pronunciamento.
Carlos Lupi foi categórico em afirmar que o partido jamais se uniria com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não admitimos nenhum pedetista ao lado de Bolsonaro. Derrotar Bolsonaro na causa nacional”, disse, referindo-se a Bolsonaro como “aspirante a ditador”.
Ele destacou afinidades no programa de governo de Lula e do PDT, como a renda mínima, renegociação de dívidas e escola em tempo integral.
Ciro Gomes, que foi candidato a presidente pelo PDT este ano, não estava ao lado de Lupi, em Brasília, no momento do anúncio, mas se posicionou em vídeo. Ele disse acompanhar a decisão que formalizou apoio a Lula. “Frente às circunstâncias, é a última saída”, disse.
Ciro disse ainda que lamentava que a “trilha democrática tenha afunilado a tal ponto que resta aos brasileiros uma opção, a meu ver, insatisfatória”. No vídeo ele não fala o nome de Lula.
Votação
Nestas eleições, Ciro Gomes ficou em quarto lugar, com 3,04% dos votos. Ele também de Simone Tebet (MDB) na disputa presidencial, que pontuou 4,16%.
Com 48,43% dos votos válidos, Lula foi o candidato à Presidência da República mais votado no primeiro turno da eleição, no último domingo. Bolsonaro, que obteve 43,20% e tenta reeleição, será seu adversário.
