Audiência aponta soluções para problemas nos serviços de ferry boats no Maranhão

Audiência pública, realizada em Pinheiro, reuniu deputados, população, empresas e Emap
Audiência pública, realizada em Pinheiro, reuniu deputados, população, empresas e Emap

A Assembleia Legislativa do Maranhão, por meio da Comissão de Obras e Serviços Públicos, realizou, neste final de semana, audiência pública para discutir os problemas nos serviços de ferry boats prestados principalmente para a região Baixada Maranhense. O requerimento foi do deputado Othelino Neto (PCdoB) e os debates aconteceram no auditório do Instituto Educacional Marçal, reunindo representantes da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e das empresas Serviporto e Internacional Marítima que possuem a concessão para explorar o transporte.

Após as discussões, ficou marcada a realização, no dia 27 de junho, de reunião com representantes das empresas, mas em São Luís, na Assembleia Legislativa. Lá serão tratadas questões sobre a instalação de um posto de venda de passagens em Pinheiro, além das vendas de tíquetes com a utilização de cartões de crédito e/ou débito.

A audiência foi conduzida pelos deputados estaduais Othelino Neto (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) com as presenças de representantes de vários municípios da região, das empresas e do Ministério Público. “Nós discutimos aqui os problemas na expectativa de sair daqui com proposições e até com compromissos firmados”, disse o parlamentar do PCdoB.

Logo no início, o deputado do PCdoB fez uma espécie de preâmbulo, falando sobre os problemas estruturais que começam no porto da Ponta da Espera, em São Luís, atualmente em reforma. Outro aspecto tratado foi a questão de descentralizar a venda de passagens, criando postos em municípios da região, assim como mais formas de pagamento.

Na audiência, Bira do Pindaré listou uma série de problemas que acontecem cotidianamente, mas citou um assunto já tratado na tribuna da Assembleia Legislativa, que o motivou a encaminhar uma Indicação ao governo do Estado. “Há um mês e meio, tentei utilizar os serviços e não foi possível devido a um protesto realizado por passageiros. Foi uma situação difícil que as pessoas, pela revolta, ameaçaram colocar fogo no porto. E acredito que isso não deve ter sido a primeira vez que aconteceu. Então é necessário discutirmos esses assuntos e buscarmos as soluções necessárias”, cobrou.

População reclama

A seguir, os questionamentos foram abertos à população. O primeiro a falar foi Giovanni Melo, que ressaltou a importância do evento e fez um relato sobre experiências anteriores que tinham o mesmo objetivo de melhorar os serviços de ferry. Ele abordou a questão dos preços e a qualidade dos serviços prestados.

Ângelo Rayol também reclamou da falta de postos para a compra de passagens, além da grande fila de espera. Ney Pereira, presidente da Associação de Moradores do povoado Ponta de Santana, reclamou da falta de limpeza, principalmente nos banheiros. “Isso não existe. Quem entra em um banheiro desses pode até sair doente”, argumentou.

Empresas se justificam

Diretor de operações da Emap, José Antônio Alves Magalhães disse que as reformas na Ponta da Espera devem ser concluídas em até 40 dias e que, em seguida, serão melhoradas as instalações no Porto de Cujupe, em Alcântara.

Em uma explanação técnica, o representante da Internacional Marítima, José Roberto Franciscone, disse que a empresa está finalizando um site específico para a venda de passagens via internet e que vai tratar de melhorias nas lanchonetes e banheiros. Afirmou que existe uma defasagem nos preços de passagens.

Além de Pinheiro e Bequimão, foram convidados representantes dos municípios de São João Batista, São Bento, Santa Helena, Cururupu, Cajapió, Cedral, Alcântara, Bacurituba, Palmeirândia, Porto Rico, São Vicente Ferrer, Guimarães, Mirinzal, Central do Maranhão e Peri Mirim.

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