Consumo de São Luís mantém estagnação em fevereiro, revela Fecomercio

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de São Luís manteve-se estável em fevereiro, estacionada em 79,4 pontos após apresentar recuo de -0,3% na passagem mensal. A estagnação do indicador apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) no primeiro bimestre de 2023 decorre da necessidade de readequação do orçamento familiar após as compras de fim de ano.

“Com as aquisições natalinas, parte da renda dos consumidores neste início de ano é destinada ao pagamento de dívidas, fator que limita a disponibilidade financeira para um consumo mais efetivo. Além disso, a proximidade do período letivo incide na destinação de uma fatia dos recursos para a compra de itens essenciais desta época como os materiais escolares, livros e fardamento”, completa o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.

O arrefecimento natural do consumo das famílias em boa parte do varejo neste momento contribuiu para que a ICF de São Luís desacelerasse a sua escalada rumo à zona de otimismo (100 pontos), ainda assim o indicador apresenta avanço de +4,75% no comparativo com fevereiro de 2022. No recorte nacional entre as demais capitais, o levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que o cenário permanece positivo. Em fevereiro deste ano, o indicador cresceu +1,3% e pontuou 95,7 pontos, chegando próximo ao nível de satisfação e do melhor resultado desde o início da Covid-19.

Na capital maranhense, os subindicadores que tiveram maior peso para que a ICF não avançasse no mês foi a retração na intenção das famílias em adquirir Bens Duráveis (-6,2%) e sua avaliação sobre o Emprego Atual (-3,8%). O consumo de itens com maior valor agregado como automóveis e eletrodomésticos, que requerem financiamento e têm encarecido devido à alta do dólar, ainda é visto de forma temerária pelas famílias ludovicenses. Em queda pelo segundo mês seguido, o indicador de Momento para Duráveis marcou apenas 33,4 pontos, fruto da cautela de 80,8% dos consumidores que acreditam não ser um bom momento para a compra dessas mercadorias.

Emprego Atual

Sobre a percepção do consumidor acerca do mercado de trabalho, aquelas famílias com menor renda (até 10 salários-mínimos) sentiram mais fortemente os efeitos do resfriamento das atividades econômicas neste início de ano, fator que causa mais insegurança no emprego. Isto fez com que o indicador de Emprego Atual caísse -3,8%, saindo de 86,3 para 85,9 pontos, mantendo-se ainda na zona de insatisfação.

Efeito Carnaval

O levantamento apontou que as festividades carnavalescas com a volta dos circuitos oficiais em São Luís foi um ponto importante que contribuiu para que a ICF de fevereiro não caísse na passagem mensal. A intenção de comemorar a data este ano incidiu na melhora do indicador de Consumo Atual que avançou +5% no mês, saltando de 52,7 para 55,4 pontos.

O efeito advindo do aquecimento das atividades em alguns segmentos do comércio puxado pelo Carnaval também gerou sinalização positiva no mercado de trabalho para o período posterior às festividades momescas. Com isso, o indicador de Perspectiva Profissional, que é a visão de melhora no emprego para os próximos 6 meses, cresceu +2,8% em fevereiro, permanecendo em um cenário otimista após marcar 120,7 pontos.

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