“Tem gente incomodada com o avanço das investigações no caso Marielle”, diz Flávio Dino

Um dia depois  de deflagrada a Operação Élpis, que revelou detalhes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes a partir da delação de Élcio Queiroz, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou um desabafo nas redes sociais. “Me impressiona a quantidade de gente incomodada com o avanço das investigações do caso Marielle. Me impressiona, mas não me intimida, nem desmotiva”, escreveu o ex-governador.

O ministro disse ainda ter visto “de tudo nas últimas 24 horas” e listou “disparates jurídicos proferidos por incompetentes; comentários grosseiros na TV; campanhas de desinformação via internet; reclamação pela presença da #PolíciaFederal nas investigações”. No fim da publicação, Flávio Dino reafirma sua disposição em dar continuidade às investigações apesar das reações reações percebidas: “Sabem o que mudou no nosso caminho de luta? NADA.”, escreveu.

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio deflagraram na segunda-feira (24) a Operação Élpis, na primeira fase de uma nova investigação sobre os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e a tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, no Centro da capital fluminense, em março de 2018.

Em coletiva nesta manhã, o ministro da Justiça, Flávio Dino, revelou informações dadas por Élcio de Queiroz durante uma delação premiada, há 15 dias. Nela, ele confessou que dirigiu o carro usado no ataque e disse que Ronnie Lessa teria feito os disparos. O delator afirmou ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, teria feito campanas para descobrir a rotina de vereadora.

De acordo com a PF, foi cumprido um mandado de prisão preventiva. O alvo é o ex-bombeiro. Ele passou a ser suspeito de participar do planejamento do homicídio da vereadora. É apontado como, supostamente, cúmplice do sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado do duplo homicídio.

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