Ucrânia resiste a ataque de tropas russas; invasão chega ao terceiro dia

A guerra da Rússia e Ucrânia chega ao seu terceiro dia com ataques a instalações militares e de infraestrutura e bombardeios a bairros da capital Kiev. No front, as forças russas avançaram rapidamente em direção à capital e às principais cidades ucranianas. Os homens ucranianos foram convocados a não deixar o país, para reforçar as forças de defesa. Nas cidades, a população civil está recebendo armas do governo, como fuzis e pistolas, e treinamento de uso.

Quem não conseguiu deixar a capital, buscou abrigo em estações do metrô. Uma das mais procuradas é a Arsenalna, a mais profunda do mundo, mais de 100 metros abaixo do nível da rua. Os moradores levaram mantimentos, roupas e animais de estimação. Depois das 22 horas, Kiev parecia uma cidade-fantasma, com o início do toque de recolher imposto pelo governo.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, divulgou vídeo dizendo à população do país que as tropas ucranianas estão resistindo ao avanço de blindados e soldados da Rússia. A primeira batalha em solo para a tomada da capital, já estava sendo travada em um bairro da Zona Norte de Kiev, no segundo dia da invasão russa. “Estamos todos aqui, nossos militares estão aqui, os cidadãos, a sociedade, estamos todos aqui, defendendo nossa independência, nosso Estado”, declarou Zelensky, acompanhado dos principais auxiliares do gabinete.

Do outro lado da fronteira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, também acionava a máquina de propaganda para pressionar as Forças Armadas da Ucrânia a derrubar o governo Zelensky, por meio de um golpe de Estado. Depois de declarar que o governo ucraniano é formado por “drogados e neonazistas”, Putin conclamou: “tomem o poder com suas mãos. Parece-me que será mais fácil negociar entre mim e vocês”.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, revelou que a aliança de defesa reforçará a presença militar no chamado “flanco Leste” (países do Leste Europeu integrados à Otan), posicionando mais soldados e aviões em bases aliadas. A Otan ativou o plano de resposta para a região e anunciou que irá distribuir mais 100 aviões de combate em 30 locais diferentes.

Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou que nenhuma “polegada de território da Otan” será cedida. O Pentágono enviará mais sete mil soldados para a Alemanha, que estarão à postos para um confronto.

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