Passado de Edinho Lobão é marcado por denúncias de esquemas com “laranjas” e com “Minha Casa, Minha Vida”

É com esse “currículo”, marcado por denúncias, que o megaempresário Edinho Lobão, que nunca foi eleito pelo povo para nenhum mandato político
É com esse “currículo”, marcado por denúncias, que o megaempresário Edinho Lobão, que nunca foi eleito pelo povo para nenhum mandato político, quer ser candidato a governador

O agora pré-candidato do grupo Sarney ao governo do Maranhão, suplente de senador Edinho Lobão (PMDB), era o adversário que o concorrente e professor Flávio Dino (PCdoB) pedia a Deus. Com um passado marcado por denúncias que, até hoje, não foram bem esclarecidas, o empresário, que só virou senador nas costas do pai, o ministro de Minas e Energia Edson Lobão, já teve o seu nome envolvido em esquemas com o programa federal “Minha Casa, Minha Vida” e com “laranjas”.

No ano passado, levantamento feito pela revista IstoÉ indicou que a política habitacional criada para ajudar os mais pobres, leia-se o “Minha Casa Minha Vida”, enriqueceu também deputados e senadores. E entre eles, a publicação citou Edinho Lobão, filho do ministro de Minas e Energia.

Segundo a matéria da IstoÉ,  parlamentares, entre deputados e senadores, teriam se aproveitado de um filão imobiliário que movimenta bilhões de recursos públicos na construção de casas e apartamentos para famílias de baixa renda.

Os dados do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) – reserva financeira composta por recursos do FGTS e gerenciada pela Caixa Econômica Federal – mostraram que políticos de diferentes partidos têm obtido vantagens financeiras com o programa de duas maneiras: na venda de terrenos para o assentamento das unidades habitacionais e na obtenção de contratos milionários para obras que são realizadas por suas próprias empreiteiras.

Empresa em nome de “laranjas”

Em 2008, estourou um dos casos mais graves envolvendo Edinho Lobão, noticiado, à época, pelo Jornal Pequeno. Um de seus empreendimentos, uma distribuidora da cerveja Schincariol no Maranhão, foi registrada com capital social de R$ 3 milhões, na Junta Comercial, em nome de duas mulheres: Maria Vicentina Pires da Costa, sócia majoritária, e Sílvia Maria Gomes Muniz. Elas seriam “laranjas”.

Mãe de duas funcionárias da distribuidora, Sílvia, empregada doméstica, morava em uma casa humilde de um bairro pobre da periferia de São Luís, onde o esgoto corre a céu aberto.

À época, Sílvia disse que nem sequer sabia ser sócia da distribuidora. Quando a denúncia estourou, Edinho disse que já havia saído do negócio há quase dez anos e que, ao desfazer a sociedade, teria assinado um contrato que, em vez de transferir suas cotas para os antigos sócios, repassou sua parte para duas mulheres. “

Mas e por que Edinho Lobão iria repassado suas cotas para duas mulheres pobres que, sequer, nem conhecia? Essa é uma pergunta que ficou no vácuo e que o senador nunca respondeu ou esclareceu devidamente.

É com esse “currículo”, marcado por denúncias, que o megaempresário Edinho Lobão, que nunca foi eleito pelo povo para nenhum mandato político, conhecido por seu poderio econômico e riqueza, quer ser candidato a governador do Maranhão ou a senador, caso não consiga se viabilizar na disputa pelo Palácio dos Leões.

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