Deputada do PDT se depara com filho de Hildo Rocha em seu imóvel funcional

Pelas regras da Casa, os deputados eleitos devem ocupar seus apartamentos funcionais a partir do dia 25 de janeiro

Revista Fórum

A deputada federal Tábata Amaral (PDT-SP), uma das mais jovens parlamentares eleitas este ano, foi surpreendida ao chegar em seu apartamento funcional em Brasília, sexta-feira (31): o imóvel estava sendo ocupado, pelo filho do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), antigo morador do apartamento. O homem, que não teve o nome revelado, impediu Tabata de entrar, mesmo na presença de um fiscal da Câmara.

“Hoje eu fui até o apartamento funcional pro qual eu fui sorteada, junto com um fiscal da Câmara pra receber a chave e não pude entrar, porque um deputado deixou o seu filho morando nesse apartamento e foi morar em outro. Ou seja, ele estava irregularmente, ilegalmente ocupando dois imóveis. Eu liguei pra Câmara, expliquei a situação, tentei resolver e o próprio deputado falou que eu podia fazer o barulho que fosse que o filho dele não ia sair”, disse a parlamentar em um vídeo postado no Facebook.

Pelas regras da Casa, os deputados eleitos devem ocupar seus apartamentos funcionais a partir do dia 25 de janeiro. Rocha, no entanto, não só desocupou o seu como deixou seu filho morando no local.

Via assessoria de imprensa, o parlamentar informou que o imóvel estava danificado e que a Câmara havia o autorizado, este mês, a usar outro apartamento, e que, por isso, estaria “em processo de mudança” e estaria dentro do prazo para entregar a chave.

A assessoria da Câmara confirmou a informação de Rocha e informou que já disponibilizou um novo apartamento para Tabata.

Mesmo assim, a parlamentar decidiu representar o deputado no Conselho de Ética em seu primeiro dia de mandato. “Amanhã, já como deputada, encaminharei o requerimento à Secretaria Geral da Mesa para ser avaliado e direcionado ao Conselho de Ética. Causa surpresa o Twitter da Câmara registrar somente agora a informação de que o parlamentar fez uma permuta e teria prazo para sua mudança e eu não ter sido previamente informada. Como a própria Câmara designou um funcionário para me acompanhar no ato de entrada? Burocracia? Descortesia? Ou abuso?”, questionou a parlamentar através de nota.

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