Governadores da Amazônia Legal lamentam posições do governo brasileiro

Governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal – composto pelos governos do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

O Globo

Governadores da Amazônia Legal lamentaram, em nota, que as políticas e declarações do governo brasileiro tenham levado à paralisação de financiamentos internacionais e anunciaram que pretendem negociar diretamente com os países envolvidos.

“O bloco amazônico lamenta que as posições do governo brasileiro tenham provocado a suspensão dos recursos. Nós, governadores da Amazônia Legal, somos defensores incondicionais do Fundo Amazônia”, diz a nota, em nome do govenador do Amapá, Waldez Góes (PDT), que é presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal – grupo composto pelos governos do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

No último dia 10, a Alemanha anunciou a suspensão do financiamento de R$ 155 milhões para projetos de preservação da Amazônia refletindo “a grande preocupação com o aumento do desmatamento”. No dia 15, foi a vez do governo da Noruega anunciar a suspensão dos repasses de 300 milhões de coroas norueguesas, o equivalente a R$ 133 milhões, que seriam destinados ao Fundo Amazônia – em desacordo com a nova configuração dos comitês. 

Procurado pela reportagem de O GLOBO, o grupo declara ter “compromisso integral com o desenvolvimento sustentável”: “Somos radicalmente contra qualquer prática ilegal de atividades econômicas na região. No âmbito de nossas atuações, estamos firmes e vigilantes no combate e punição aos que querem atuar fora da lei. Por isso, estamos cobrando do Governo Federal o combate e a punição das atividades ilegais.”

Os governantes do bloco afirmam que desejam participar diretamente das decisões para reformulação das regras do Fundo Amazônia, que estão sendo feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Queremos, ainda, que o Banco da Amazônia passe a ser o gestor financeiro do Fundo, em razão da proximidade da instituição financeira com os Estados, já que o Banco da Amazônia possui sede em todas as unidades do bloco.”

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