Uma das grandes “dores de cabeça” do grupo Sarney, neste início de ano, é encontrar saídas para conquistar um “mandato tampão”, na possível eleição indireta para governador do Maranhão na Assembleia Legislativa, que assegure tranquilidade para que a governadora Roseana Sarney deixe o governo, até abril, e entre na disputa pelo Senado sem “arriscar” os interesses do clã que visa se manter no poder, no comando do Palácio dos Leões.
É fato que a saída de Roseana para a disputa pelo Senado é vital à família Sarney que precisa manter herdeiros em mandatos majoritários para assegurar-lhe poder. Se não fosse deixar o Palácio dos Leões para disputar o Senado, a governadora não teria tido o trabalho de “despachar” o ex-vice-governador Washington Oliveira, ex-PT, para vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), temendo que o PT assumisse o governo e, posteriormente, quisesse fazer o sucessor e atrapalhar os planos políticos do clã.
A estratégia inicial e que já caiu por terra seria “eleger” o secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, governador na eleição indireta, na Assembleia Legislativa, para ele próprio conduzir o processo da sucessão estadual, onde seria candidato, já no cargo. Mas para isso, há vários empecilhos, inclusive o risco que correria de perder a eleição no parlamento.
Certezas e incertezas
Uma das certezas desse período de incertezas sobre o futuro político próximo do Maranhão é a de que a sucessão estadual terá que passar agora pelo presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Arnaldo Mello (PMDB), que assumirá o governo do Estado quando a governadora deixar o Palácio dos Leões para se tornar apta à disputa pelo Senado, conforme determina a Constituição.
Se passar do dia cinco de abril no cargo de governador, Arnaldo Mello, que terá de realizar eleição indireta, estará inelegível para qualquer outro cargo que não seja o de governador. E quem garante que ele, com o poder reconhecido que construiu no legislativo, não tentaria vencer a eleição indireta e não desejaria ser ele o candidato de fato ao Executivo na disputa de outubro?
Ainda procurando uma saída para assegurar a manutenção do poder, o grupo Sarney já trabalha com outras opções para tentar emplacar no chamado “mandato tampão” de oito ou nove meses. As alternativas seriam os confiáveis João Abreu, secretário de governo, e o senador João Alberto (PMDB). Mas o desafio será passar um desses nomes pela eleição indireta e por Arnaldo Mello.
Zé Reinaldo pode entrar na disputa da eleição indireta
A oposição, por outro lado, não cochila com a possibilidade de eleição indireta para o governo do Maranhão neste ano eleitoral. O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) já admitiu a interlocutores mais próximos que entraria na disputa que se dará no Parlamento.
Zé Reinaldo nutre bom relacionamento com boa parte da bancada governista na Assembleia Legislativa e com o próprio Arnaldo Mello. Tem os votos da oposição e, inclusive, do PSDB pela boa relação que mantém com o ex-prefeito de São Luís, João Castelo.
O difícil para Zé Reinaldo, que é tido como um dos principais inimigos políticos do grupo Sarney, mas que veio de lá, já fez parte dele e conhece muito bem como ele age, seria “vencer”, exatamente, mais uma vez, porque já o fez antes, o poder articulador do clã.
Com Zé Reinaldo no poder dos Palácio dos Leões, teoricamente, seria melhor para o pré-candidato ao governo pelo PCdoB, Flávio Dino. Eu disse teoricamente. Só lembrando que em se tratando de política, o imprevisível pode sempre acontecer…
RT @Jornalistasl: O grupo Sarney, a eleição indireta e o “mandato tampão”… : Roseana Sarney procura um “governador tampão” para… http:/…
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Na verdade um governado bucha de canhao.
Mais ou menos isso, Luciano. Obrigada pela participação!
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Mais ou menos isso, Luciano. Obrigada pela participação! http://blogdasilviatereza.com/?p=1793#comment-2392
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G.D.News, obrigada por republicar. Abraço!