As direções do PT e PCdoB chegaram a um acordo às 23h30 deste domingo (5) e decidiram que Manuela D’Ávila será a candidata a vice-presidente na chapa. O PT sai neste momento com a chapa Lula-Haddad, mas o compromisso é que ela será indicada vice de Lula se a candidatura do ex-presidente for deferida ou como vice de Haddad partir de uma impugnação do nome de Lula.
Com isso, o PT terá o apoio do PCdoB, PROS, PCO, de parte do PSB e dos setores progressistas do MDB.
Registrar Haddad como vice seria uma “estratégia eleitoral”, nas palavras da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), para dar contornos oficiais à essa “representação”. Na prática, a expectativa é que com o ex-presidente não conseguindo obter uma liberação da Justiça para concorrer, Haddad assuma a cabeça de chapa e a comunista ocupe o seu prometido lugar de vice.
O acordo foi fechado numa reunião em São Paulo da qual participaram as presidentes do PT e do PCdoB, Gleisi Hoffmann e Luciana Santos. Estavam no encontro, além delas, o próprio Haddad, o senador Lindbergh Farias (RJ), o deputado Paulo Teixeira (SP), o ex-deputado Márcio Macedo (SE) e o ex-prefeito de Osasco Emídio de Spuza pelo PT. Pelo PC do B, seu ex-presidente Renato Rabelo e mais o deputado federal Orlando Silva e Walter Sorrentino, vice-presidente do partido.
Depois da reunião, a Comissão Política Nacional do PCdoB reuniu-se e aprovou os termos do acordo, com a presença de Manuela D’Ávila em videoconferência do Rio Grande do Sul. A seguir, os dirigentes comunistas foram à sede do PT em São Paulo, para o anúncio formal do acordo.
Apesar de ser a oitava vez que o PCdoB apoia o PT, essa será a primeira em que os comunistas indicarão o companheiro de chapa. Os petistas indicaram presidente e vice em 1994 e nas demais composições foram escolhidos nomes de outros partidos: PSB (1989), PDT (1998), PL (atual PR, 2002), PRB (2006) e PMDB (atual MDB, 2010 e 2014).