O desabamento ocorreu na madrugada de 22 de março. Neste período, foi realizado um diagnóstico da área para entender os problemas que levaram ao desabamento. “Estamos falando de uma obra feita séculos atrás com pedra de mão, óleo de baleia e cal, que era a tecnologia construtiva da época. Além disso, a quantidade de chuva que caiu no local no dia do desabamento foi muito superior ao que os dispositivos de drenagem do entorno conseguem suportar. Esses fatores facilitaram a erosão e queda de parte do muro”, explicou Fabiano da Silva Junqueira Ayres, secretário-adjunto de Gestão Civil da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra).

Projeto elaborado

Com o fim do diagnóstico, as equipes técnicas do governo do Estado elaboraram um projeto de recuperação do trecho desabado. Ele foi concluído no dia 4 deste mês. Como o muro fica localizado no conjunto urbano de São Luís tombado pelo Iphan, a instituição precisa aprovar o projeto para execução.

O Centro Histórico de São Luís, região onde o muro está localizado, foi tombado pelo Iphan em 1974, e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1997.

“Nós vamos apresentar ainda esta semana, ao Iphan, o projeto de recuperação da área. Estamos propondo duas soluções para a reconstrução do trecho do muro que erodiu. Respeitando as características históricas originais nós fizemos o recolhimento das pedras no dia do desabamento e vamos reutilizá-las no novo revestimento”, informou Fabiano da Silva Junqueira Ayres.