“Sou a bola da vez”, diz Arnaldo Mello sobre eleição indireta para governador

“Queiram ou não queiram, eu sou a bola da vez”, disse o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Arnaldo Melo (PMDB), em conversa informal com um grupo de profissionais de Imprensa após a sessão. O parlamentar citou a Constituição para dizer que é o herdeiro natural do governo, em caso de renúncia da governadora Roseana Sarney.

Durante a conversa, Arnaldo afirmou que a governadora nunca o chamou para dizer que não o queria como governador e nem para pedir apoio a uma candidatura do secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, numa possível eleição indireta.

Segundo Arnaldo, nem o próprio Luís Fernando nunca pediu apoio e muito menos falou que é candidato a governador na eleição indireta. Segundo o deputado, se houvesse um pedido de Roseana nesse sentido, ele levaria o assunto para discutir com os 42 parlamentares que o elegeram presidente da Casa.

Grupo Sarney tem medo de Arnaldo Mello

Na verdade, o que acontece de fato é que o grupo Sarney teme que Arnaldo Mello assuma o governo, queira ser candidato a governador na eleição indireta e na disputa de outubro, atropelando os planos de fazer de Luís Fernando Silva o titular da cadeira número um do Palácio dos Leões já após a possível renúncia de Roseana que poderá acontecer até o dia cinco de abril.

Outro fator é a desarticulação do governo no Parlamento. O grupo Sarney encontra dificuldades para fechar os votos necessários e eleger Luís Fernando Silva para o mandato tampão.

Com isso, Roseana Sarney deve permanecer no cargo até 31 de dezembro para comandar o processo eleitoral pelo grupo. Irá para o sacrifício de ficar sem mandato a partir de 2015 em nome da manutenção do poder, restando-lhe também a possibilidade de se tornar ministra se a presidente Dilma Rousseff (PT) for reeleita e se a petista assim quiser.