Os motivos que levaram Sarney a votar em Aécio Neves…

Sarney: Traidor que trai traidor tem 100 anos de perdão
Sarney: Traidor que trai traidor tem 100 anos de perdão

A cena do senador José Sarney (PMDB-AP), que foi à urna com adesivos da presidente Dilma Rousseff (PT) e votou, na verdade, no adversário Aécio Neves (PSDB), ainda repercute muito no Brasil. As imagens mostram um pouco do que é a personalidade do chefe do grupo que comendou o Maranhão durante mais de 50 anos.

Agora circulam informações de que Dilma estaria muito sentida e chateada com a atitude de Sarney e que o senador estaria disparando, frequentemente, telefonemas  e mensagens, numa tentativa de se desculpar com a presidente. A mais recente “notícia” dá conta que o senador teria admitido o voto mesmo em Aécio Neves e dito que o fez em “gratidão a Tancredo Neves”, avô do tucano.

Apesar de tudo que circula na mídia, é preciso saber quais os motivos reais que Sarney teve para votar em Aécio Neves, sim porque as imagens já foram avaliadas como verdadeiras até por perícia. E se forem levados em consideração os prós e os contras, o senador estava chateado com a presidente por vários motivos e não tinha certeza também de que a petista venceria a disputa tão acirrada.

Sarney e seu grupo não escondem de ninguém o descontentamento por Dilma não ter vindo ao Maranhão, em nenhum dos dois turnos, manifestar apoio ao candidato do clã, Lobão Filho (PMDB), o “Lobinho”. Outro agravante: a presidente gravou vídeo de apoio a Gastão Vieira (PMDB), que disputava o Senado, mas se recusou a fazer o mesmo para o filho do ministro de Minas e Energia, também conhecido como Edinho.

Dilma ignorou grupo Sarney na campanha

Há quem diga que, por debaixo dos panos, o candidato da preferência de Dilma Rousseff era mesmo o governador eleito, Flávio Dino (PCdoB), seu ex-auxiliar na Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Sinais disso é que, antes da campanha, o PT nacional desautorizou a Executiva estadual a indicar o candidato a vice-governador na chapa de Lobinho, já manifestando desejo de distanciamento do grupo, antes mesmo do resultado das urnas.

Com isso, Sarney se sentiu traído e foi à forra na hora de votar. Não poderia dizer isso, publicamente, por conta da conjuntura nacional e de estar ligado ao governo do PT, também por uma questão de partido. E ainda teve a coragem  ou o cinismo de escrever artigo, declarando voto em Dilma Roussef, dias antes de ir às urnas

Há quem diga que o próprio Sarney pediu para registrar o voto, no segundo turno, para, em caso de vitória de Aécio Neves, barganhar também com o governo tucano. Sábio e rápido no gatilho, ninguém pode esquecer que o hoje senador foi presidente com a morte de Tancredo Neves.

Traidor que trai traidor…

E como a traição parece ter se dado dos dois lados, eu vou mudar o conhecido ditado popular para concluir que “traidor que trai traidor tem 100 anos de perdão”.

E  me arrisco a dizer que uma das coisas mais feias nisso tudo foi o cinismo de Sarney em ir à seção eleitoral, caracterizado de PT com adesivo de Dilma, para votar no adversário da petista, então aliada, após ter feito repercutir, dias antes, na mídia, artigo com declaração de voto na presidente. Ele terminou revelando aí ao mundo, em imagens reais, um traço cruel de sua verdadeira personalidade!

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