Deputado reitera disposição do Governo em negociar a questão indígena

Representantes do Governo se reuniram com caciques Guajajaras
Representantes do Governo se reuniram com caciques Guajajaras

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) reiterou, na sessão desta quinta-feira (09), a disposição do governo Flávio Dino (PCdoB) em negociar a questão dos índios. Ele informou sobre uma reunião, que acontecerá nesta sexta-feira (10), com a participação de representantes do Governo, do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional dos Índios (Funai) para tratar do assunto.

“Para o governo passado não se sentir seguro em fazer repasses com a permissividade que era a marca da gestão anterior, no que diz respeito a pagamentos suspeitos, era porque realmente algum problema havia”, disse Othelino.

Segundo o deputado, diante de diversas irregularidades encontradas na formalização dos processos, vai ser necessário um termo de ajustamento para que o Governo não seja responsabilizado por pagamentos irregulares, que não tiveram cumpridos todos os trâmites legais.

O deputado voltou a esclarecer que as dificuldades nesses pagamentos, no real cumprimento dos pré-requisitos legais para que eles fossem feitos, não se iniciaram na atual gestão, mas na administração Roseana Sarney. Ele reiterou que, em nenhum momento, o Governo Flávio Dino deixou de negociar.

“Enfatizo a disposição do Governo, em não só continuar a negociação, como tentar resolver dentro do que permite a legislação e os princípios da boa aplicação dos recursos públicos, sanar as pendências quanto à educação, em específico a pauta principal da reivindicação que é a questão do pagamento do transporte escolar”, disse Othelino.

O deputado criticou a oposição por tentar passar a ideia de que o Governo seria insensível e não estaria disposto a negociar. “Foram horas e horas de conversas, tanto que já houve dois pagamentos referentes às pendências de 2013 e 2014 de dívidas deixadas pelo governo Roseana Sarney”, comentou.

Reuniões discutem a questão

O deputado disse que o Governo não vai deixar passar como verdades as mentiras repetidas com o único objetivo de tentar desqualificar o governo que, de fato, propõe-se a fazer mudanças. “A única coisa que aconteceu nessas negociações foi muita conversa em um nível republicano. E é por ser zeloso, por ter cuidado com o patrimônio público e querer preservar a legislação e só fazer pagamentos que, de fato, tenham cumprido todos os procedimentos legais, que essas discussões estão acontecendo”, frisou.

Othelino afirmou que todo esse impasse está acontecendo, graças ao governo anterior que deixou várias “heranças malditas” que agora estão sendo corrigidas. Segundo o deputado, construir e reconstruir um Estado deixado como terra arrasada, não é uma missão fácil. Para ele, o Governo é feito de homens e mulheres que não são mágicos, que não têm a capacidade de resolver e de desfazer estragos históricos da noite para o dia.

“Tenho certeza que, apesar da crise de abstinência do grupo Sarney, da má vontade da oposição e do medo de que os privilégios continuem acabando, esse Governo está dando certo e mudará o Maranhão, mesmo com a gritaria rouca e despropositada da oposição”, afirmou.

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13 thoughts on “Deputado reitera disposição do Governo em negociar a questão indígena

  1. O governo não reconhece a divida de 50 Milhões pela “inexistência de documentos regulares comprovando a suposta dívida”, mas faz reunião com empresário (ou chantagista?) e decide: “a) Efetuar o pagamento de R$ 4 milhões para empresas que exploravam o transporte escolar indígena nos anos de 2013 e 2014. Este valor foi pago porque havia provas razoáveis de que esses serviços teriam sido prestados, em tais casos”. Este é um trecho da nota emitida pelo governo sobre o caso do transporte escolar indígena. A dívida existe ou não existe? Conforme a nota do governo, ela não existe. Porque então o governo pagou 4 milhões dessa dívida que não existe? e pagou baseado em “provas razoáveis” O que isto quer dizer? É possível existir uma parte verdadeira naquilo que se reconhece como inexistente no seu total? Esses 4 milhões foram pagos ao empresário ou ao chantagista?

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