Família de sargento assassinado questiona ação da PM e levanta suspeita de execução

Carro do sargento Lima Filho só apresentaria sangue do lado externo, o que levou familiares a suspeitarem que o militar fora assassinado fora do seu veículo
Carro do sargento Lima Filho só apresentaria sangue do lado externo, o que levou familiares a suspeitarem que o militar teria sido assassinado fora do seu veículo

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia da Legislativa do Maranhão recebeu, nesta quarta-feira (09), os familiares do sargento Lima Filho que morreu em uma ação de uma guarnição da Polícia Militar do Estado no último final de semana. O militar fazia parte do corpo da PM e estava trabalhando no Patlamento.

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), presidente da CDH, recebeu o senhor Benedito Gomes de Lima, pai da vítima, Beneilton da Silva Lima, Benilson da Silva Lima e Benelson da Silva Lima, irmãos do sargento. A família deu sua versão da ação que levou o militar à morte.

Eles disseram que os fatos ocorreram por volta das 23h30min do último sábado (05), entretanto só tomaram conhecimento às 3 horas da manhã. A família afirma que a ação ocorreu na Avenida Daniel de La Touche, entre os semáforos que ficam em frente à Secretaria de Transportes do Município e outro no Ipase.

Também lembraram que, no local, existem câmeras de segurança da Polícia Militar. Portanto, se forem divulgados os vídeos, bastante informação sobre o que aconteceu será revelada. A família também questiona o que realmente motivou a ação da PM e se não houve uma confusão quanto ao carro que estava sendo perseguido.

Os familiares questionam a intensidade da ação e querem entender quem é o senhor Igor Fernando França Cutrim, que estava no carro, no banco de passageiros. Ele foi detido, ouvido logo depois pela polícia e, até agora, não teve contato com a família do sargento.

Argumentos da família: “não havia sangue no interior do carro”

O despreparo dos quatro policiais que estavam na viatura, uma possível execução do sargento fora do seu veículo e a desconfiança de que nenhum disparo foi feito pela vítima de sua arma foram argumentos levantados pela família. Os parentes destacaram que, no veículo do sargento, não foi encontrada uma única gota de sangue, mostraram as fotografias de todos os ângulos e o veículo metralhado.

Segundo os familiares, o sangue está fora do veículo e o braço direito do sargento Lima foi dilacerado completamente. Então, eles entendem que, se o sargento tivesse sido atingido dentro do veículo, o carro estaria completamente ensanguentado, que não é o caso pelo que mostram as fotografias, o que leva a família a desconfiar que ele foi executado do lado de fora.

Para o deputado Bira, todas as questões devem ser investigadas pela Polícia Civil e uma reunião será agendada com o delegado designado para acompanhar esta investigação. A família também mostrou desagrado com colocações feitas por representantes da PM, trazendo precedentes da história do sargento e tentando usar isso como justificativa para os acontecimentos.

“Se houve perseguição é possível identificar pelas filmagens como tudo aconteceu e eu espero que essas imagens sejam, urgentemente, disponibilizadas à Polícia Civil. E, dessa forma, a gente possa ter a verdade sobre o que aconteceu em relação ao confronto da guarnição da PM com o sargento Lima, que acabou falecendo”, cobrou Bira.

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