Ao todo, o Maranhão já registrou cerca de 2269 focos de incêndios este ano. Dados evidenciam que o estado enfrenta uma preocupante escalada em vegetação. Os números representam um aumento de 58% em comparação ao mesmo período, no ano anterior.
Somente neste mês de junho, que ainda nem acabou, já foram contabilizados 1097 focos, com grande parte concentrada nas regiões de cerrado.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado chegou, no último fim de semana, à segunda posição no ranking de unidades federativas com o maior número de queimadas, atrás apenas do Mato Grosso.
No mapa dos incêndios, os municípios de Balsas e Mirador destacam-se na lista dos dez municípios brasileiros com maior número de queimadas.
Os agricultores estão adotando medidas preventivas para evitar que o fogo atinja as lavouras de milho na região Sul do estado, onde se concentra a maior parte da produção agrícola do Maranhão, La, o processo de colheita está sendo realizado em meio a condições climáticas mais secas. Além disso, teme-se que as queimadas atinjam a palhada [restos de plantação deixados no solo como adubo].
Conscientes dos riscos, a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MA) enfatiza a necessidade de intensificar as medidas de prevenção, bem como fortalecer a fiscalização dos órgãos ambientais e da polícia para combater os incêndios. A queima da palhada resulta na perda de nutrientes do solo, podendo levar até cinco anos para sua recuperação.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), equipes já se encontram em alerta, tanto para as queimadas em áreas urbanas quanto rurais. Eles orientam a população a evitar o uso do fogo na limpeza de terrenos, buscando alternativas mais seguras e sustentáveis.
