“Não havia governo. Era mera aglomeração de interesses”, diz Flávio Dino sobre grupo Sarney

Na manhã desta terça-feira, o governador Flávio Dino usou o Twitter para declarar que está ‘indignado’ com o que vem encontrando ao abrir ‘gavetas e armários do poder’ no Maranhão.

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EM Política

"Quanto mais abrimos as gavetas e armários do poder, mais ficamos indignados
“Quanto mais abrimos as gavetas e armários do poder, mais ficamos indignados

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez mais um desabafo, na manhã desta terça-feira (13), na conta que mantém no Twitter, contra o clã Sarney, que dominou a política no Estado nos últimos 50 anos. “Quanto mais abrimos as gavetas e armários do poder, mais ficamos indignados. Não havia governo, era mera aglomeracão de interesses privados”.

A antecessora de Dino no governo do Maranhão, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que está em Miami, renunciou no dia 10 de dezembro passado, a pouco mais de 20 dias para transmitir o poder ao adversário político. Ele também disse, no Twitter, que só há um meio para garantir a implementação de políticas públicas no Estado. “Aos que nos perguntam como vamos financiar nossas politicas, respondo: pondo fim às tenebrosas transações é possivel avançar”, afirmou o governador maranhenese.

Licitações

Logo que assumiu, Flávio Dino suspendeu duas licitações preparadas na gestão Roseana Sarney que previam a compra de R$ 1 milhão em gêneros alimentícios para as residências oficiais do Estado em 2015. Na lista de 704 itens para abastecer as dispensas constavam, por exemplo, 234 quilos de bacalhau, fresco ou salgado, 646 quilos de patinha de caranguejo e 208 quilos de castanhas, podendo ser de caju, do Pará ou até mesmo portuguesa – dessa última, os 30 quilos custariam R$ 2.472,60.

As concorrências públicas já tinham sido realizadas no final dos mandatos de Roseana Sarney, que renunciou ao cargo no dia 10 de dezembro, e do deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), aliado da ex-governadora que a sucedeu para um “mandato-tampão” até o final de 2014. Contudo, a homologação das licitações não tinha ocorrido e Dino determinou à sua equipe que passe um pente-fino nesses e em outros contratos das gestões anteriores.

Na revisão das duas licitações, a Casa Civil do governo do Maranhão vai avaliar se há excessos nos gêneros alimentares previstos nas compras. Preliminarmente, a avaliação é que será necessário fazer um redimensionamento dos contratos, mas ainda não está descartado até mesmo o cancelamento deles, caso fique constatado que os gastos ultrapassam as reais necessidades de consumo.

Somente em hortifrutigranjeiros para a residência do governador, estava previsto gastar R$ 74,2 mil. São 200 quilos de uva verde e outros 100 quilos de uva roxa, ambas sem semente. Constam também 800 quilos de sorvete, sendo 100 quilos de cada um dos sabores: bacuri, açaí, cajá, creme, chocolate, cupuaçu, tapioca e coco. A compra para abastecer as casas do governador, do vice e veraneio previa a compra de 5.729 litros de refrigerante.

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