“A classe trabalhadora deve tomar o poder”, defende Hertz Dias

O professor de história da rede pública de ensino e candidato ao governo do Maranhão, Hertz Dias (PSTU), falou de suas propostas para o eventual governo do Maranhão, caso saia vitorioso nas eleições deste ano. Ele apresentou seu plano de gestão durante entrevista a uma emissora de tv local, nesta terça-feira (16). Para o candidato, os trabalhadores devem estar no topo do poder.

“Precisamos planificar a economia e isso parte da tomada de poder pela classe trabalhadora que criará um governo próprio e que venha atender as necessidades da população e não de meia dúzia de empresários”, apontou Hertz Dias.

Ele ressaltou ato político que acontece hoje, na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), em referência ao professor universitário Enilson da Silva, que foi morto em Açailândia. “Foi crime de lgbtfobia. Ele foi torturado, brutalmente assassinado e ainda tentaram associá-lo a crime de estelionato e uso de drogas. Isso não é um ato eleitoral, é um ato político, pois não queremos permitir que ele seja assassinado duas vezes, na sua memória, sua história e dignidade”, enfatizou.

Sobre o plano de um futuro governo, disse que tem base na realidade concreta do mundo. “Nosso plano parte da análise de uma realidade concreta do mundo. Estamos vivendo a maior crise do capitalismo e os países centrais atribuíram ao Brasil o papel de votar a ser a colônia. Nosso país está deixando de ser um país industrializado e voltando a ser um produtor de matéria-prima, como era no período da colônia. Defendemos que o trabalhador organize sua autodefesa em todo o país e que os sindicatos façam debates urgentes”, avaliou.

Criticou o MATOPIBA, que reúne os estados do Nordeste para ações conjuntas em diversas áreas, incluindo a produção agrícola. “Esse projeto não irá resolver o problema dos milhões que passam fome. As cidades que mais desmataram nesse período, a maioria está no Maranhão, que faz parte do MATOPIBA. É o agronegócio na produção de soja, milho e algodão que estão tirando as terras de indígenas e quilombolas”, disse.

Hertz resumiu que o programa do PSTU vai nacionalizar as terras, promover reforma agrária sobre controle dos trabalhadores, titular terras de remanescentes de quilombos, demarcar terras indígenas e expropriar o agronegócio. “Essa é a única forma de resolver o problema da fome”, avaliou.

Para gerar empregos, ele propõe reduzir as horas de trabalho sem cortar direitos; na infraestrutura, propôs a criação de empresa estatal para realizar as obras públicas; na cultura, irá criar um conselho dos artistas e aumentar os recursos para investimentos no setor; e renovar contrato com a Caema para renová-la e continuar sendo patrimônio do Estado.

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