Caminhoneiros pró-Bolsonaro bloqueiam estradas no Maranhão e em outros 14 estados; Governo teme desabastecimento

As manifestações de caminhoneiros, que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, seguem ativas desde a manhã da quarta-feira (8) em 15 estados do Brasil. No Maranhão há, até o momento, pelo menos dois pontos de greve nas rodovias federais, um na BR-230, em Balsas, e outro na BR-010, em Cidelândia, ambos na região Sul do estado.

De acordo com dados registrados pela Polícia Federal Rodoviária (PRF), são 173 pontos de concentração de manifestações e 53 de bloqueio em rodovias federais com destaque para o Maranhão, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

A região Sul contabiliza o maior número de cidades com concentração de bloqueio nas pistas. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul são 30 cidades com a presença de pessoas e máquinas agrícolas nos locais além dos caminhões.

Entidades ligadas à classe, que atuaram em outros protestos, não aderiram aos atos dessa vez. Afrânio Kieling, presidente da Federação das Empresas de Transporte Cargas e Logísticas do Sul (Fetran-sul), diz que é uma “manifestação heterogênea e que não reivindica nenhuma pauta relacionada ao setor. Seria uma questão política de apoio a Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

A categoria está dividida se comparecem ou não aos protestos. Aderiram ao movimento grupos que apoiam as ameaças de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles defendem três ações diretas de inconstitucionalidade, que tratam da política nacional de piso mínimo, implementada por meio de lei durante o governo Michel Temer (MDB), que ainda não foram julgadas pela Corte.

Em vídeo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou a veracidade do áudio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), enviado para os caminhoneiros na noite de quarta-feira (8). Na mensagem de voz, o presidente diz aos manifestantes que os bloqueios atrapalham a economia, pois provocam desabastecimentos, inflação e prejudicam a todos, em especial os mais pobres. O presidente afirma ainda que os caminhoneiros são aliados, e pede então para que liberem as estradas bloqueadas.

Segundo o ministro, o áudio mostra a preocupação do presidente com a paralisação. “Essa paralisação ia agravar efeitos da economia, inflação, impactar os mais pobres e mais vulneráveis. Nós já temos hoje um efeito nos preços dos produtos em função da pandemia”, reforçando o que disse Bolsonaro no áudio.

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