Em São Luís, Aécio Neves deve anunciar candidatura de Castelo ao Senado na sexta-feira

Maioria dos tucanos prefere que partido dispute vaga no Senado ao posto de vice-governador. Ex-prefeito de São Luís articula candidatura com aval do presidenciável Aécio Neves 

A presença do presidenciável e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, em São Luís, na próxima sexta-feira (09), definirá os rumos que o partido tomará nas eleições deste ano. A maioria das lideranças tucanas considera que a sigla deve preferir disputar o Senado à vaga de vice-governador. O nome com maior força e densidade eleitoral é o do ex-prefeito de São Luís, João Castelo.

Nos bastidores, tucanos afirmam, com todas as letras, que o senador Aécio Neves, pré-candidato ao Planalto e bem colocado nas pesquisas, vem na próxima sexta-feira (09) comunicar ao grupo do candidato ao governo do Maranhão pelo PCdoB, Flávio Dino, que o PSDB está disposto a apoiá-lo nas eleições deste ano, mas prefere lançar um nome forte ao Senado ao ficar com a vaga de vice-governador na chapa do comunista.

Na verdade, quem sempre defendeu vaga de vice-governador para o PSDB na chapa de Flávio Dino foi o deputado federal Carlos Brandão. A maioria dos tucanos maranhenses acha que é melhor  para o partido ter um senador ao invés de um vice-governador.

Interesse pelo Senado

Castelo passou a manifestar interesse pelo Senado após a saída da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, da disputa. Além disso, pesquisas internas o estimulam a a entrar na corrida pelo Senado.

Na semana passada, Castelo foi a Brasília para uma reunião com Aécio, aonde manifestou a intenção de disputar o Senado. A relação entre os dois é de cumplicidade. O presidenciável foi presença constante no palanque do tucano em diversos momentos.

Na tarde desta segunda-feira (05), a filha do prefeito, Gardenia Castelo, estendia um sorriso largo para dizer que o ex-prefeito está empenhado mesmo em concorrer ao Senado.

A candidatura de Castelo também sinaliza que Gardeninha não disputará a reeleição. O partido quer evitar o que aconteceu na eleição de 2006, quando o ex-prefeito tinha todas as chances, mas acabou perdendo terreno ao trabalhar pela eleição da filha.