Federação entre PT e PSB vai ficando mais distante

O desenrolar de um impasse pode impactar fortemente os rumos das eleições no Maranhão. O PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje é uma das legendas mais procuradas por outras para uma possível federação. Isso porque o petista está com vantagem nas intenções de voto para a Presidência da República, conforme mostram pesquisas realizadas até o momento.

Uma das uniões pensadas, no Maranhão, seria entre o PT e o PSB do governador Flávio Dino. Mas, para isso, seria necessário firmar a federação partidária nacional. E é aí que mora o problema. As chances disso acontecer, no país, estão diminuindo com a aproximação do prazo para efetivar essa aliança.

No Maranhão, a junção traria vantagens a Dino que, de quebra ou em tese, ganharia o apoio de Lula ao seu pré-candidato a governador, o vice Carlos Brandão (PSDB), seu ‘escolhido’ para representar a base que lhe restou na corrida pelo governo do Maranhão.

Mas o velho e conhecido PT vive em eterna divisão no Maranhão. Ninguém se entende por lá e os petistas seguem em alas diferentes. O diretório municipal apoia o senador Weverton Rocha (PDT), que é pré-candidato ao governo; e o diretório estadual é declarado apoiador de Brandão.

Enquanto o estica e puxa se intensifica em São Luís, nacionalmente o PT tem dado mostras de que não deverá federalizar com o PSB. O vice-presidente nacional do partido, deputado federal José Guimarães, já havia dito, em discurso no mês passado, que “o PT não está pedindo favor a ninguém para compor federação”, referindo-se às exigências do PSB por mais reciprocidade dos petistas.

Nacionalmente, o PT tem como critérios legendas com uma boa bancada na Câmara Federal e, de quebra, com grande número de prefeitos, além de aberturas em palanques estaduais, principalmente, em São Paulo, onde o petista Fernando Haddad (PT) e o pré-candidato Márcio França (PSB) disputam vaga de candidato da coalizão ao governo.

Já o presidente do PSB, Carlos Siqueira, manifestou preocupação por conta do PT estar, segundo ele, tentando ser o comandante das legendas em uma eventual federação.

Nacionalmente, o PT está em negociação para possíveis federações partidárias também com o PV, PCdoB e PSB. Com este último, aqui no Maranhão, seria, em tese, um reforço às pré-candidaturas de Flávio Dino ao Senado e, principalmente, de Brandão, que deve estar de mudança para o partido dos aliados.

Diante das incertezas de federação e da visível inclinação de Lula pelo projeto do senador Weverton de governar o Maranhão, Flávio Dino já admite, em seu discurso, a probabilidade do ex-presidente ter dois palanques no Maranhão: Um do PDT e outro do PSB.

Portanto, sobre federação entre PT e PSB, tudo dependerá das discussões no cenário nacional. E do jeito que a coisa anda está difícil ser efetivada de fato. É aguardar esse desenrolar.

Postagens relacionadas

One thought on “Federação entre PT e PSB vai ficando mais distante

  1. Diga-se primeiro que uma eventual federação entre PT e PSB seria bom não só para as duas legendas, mas para todo o país.

    Todavia, se até pouco tempo atrás, já se dava como aprovada a federação entre as duas siglas, agora parece que – a menos que haja transigência entre as lideranças das duas agremiações -, a perspectiva de se compor uma federação entre PT e PSB é cada vez mais remota.

    As tratativas em torno desse propósito não chegaram a um consenso até agora em razão sobretudo da imensa diversidade de composições e conformações político-ideológicas características de cada região do país, firmadas por grupos políticos tradicionais radicados em cada estado, em cada município, em cada reduto eleitoral, sendo isso um dos principais entraves na formação de uma federação entre PT e PSB, tendo em vista as dificuldades que as siglas têm encontrado para adequar e amoldar as alianças políticas estaduais e municipais já consolidadas aos propósitos da eventual federação.

    E a cada dia que passa, mostra-se cada vez menos provável a referida federação. Como bem evidenciado na matéria em foco, “do jeito que a coisa anda, está difícil ser efetivada de fato”.

    De um lado, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann diz que compor uma Federação com o PSB “não é fácil”.

    Já o presidente do PSB, Carlos Siqueira, tem declarado que vai apoiar a candidatura de Lula independente de federação com PT.

    Parece mesmo que a coisa tá mais enrolada que namoro de cobra.

    De qualquer forma, uma coisa é certa: entre PT e PSB, há uma relação de respeito mútuo e, caso não formem federação, com certeza estarão juntos no 2º turno. E isso é bom, muito bom para todos.

    É aguardar pra ver o desenrolar desse imbróglio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *