São Luís amanheceu sem ônibus, nesta terça-feira (29), em continuidade a uma greve no sistema de transporte coletivo, que já durava 43 dias. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão (Sttrema) tirou 100% da frota das ruas e agora, aguarda uma contra-proposta do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), para por fim ao movimento. Sem ônibus, o dia foi de paradas lotadas e trânsito confuso na capital.
Quem precisou do serviço de transporte coletivo para se deslocar ao trabalho ou outras atividades, teve que recorrer a alternativas, como as vans, transporte de aplicativos, táxi e mototáxi. Em alguns bairros, a exemplo da área Itaqui Bacanga e região central de São Luís, o transporte de carrinhos, que já circulava nessas regiões, atendeu a expectativa de algumas pessoas. Cobrando valores a partir de R$ 5, o serviço foi a opção para chegar ao trabalho, consultas e outros compromissos.
Mas, não são todos que têm a condição de pagar mais caro por um transporte, que já era de valor elevado. A reclamação é grande por uma situação que já vinha se arrastando e até agora, não foi resolvida. A passagem já foi reajustada e empresários recebem subsídios da Prefeitura, e mesmo assim, não houve acordo para atender a categoria de trabalhadores.
Rodoviários pedem reajuste de 12% nos salários, jornada de trabalho de seis horas, tíquete de alimentação no valor de R$ 800, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos. Empresários alegam que não têm como conceder estes benefícios.
Enquanto empresários e rodoviários não se entendem, a população é prejudicada ficando sem o serviço de transporte público.
