Repudiamos a “cultura do estupro”, a “cultura do machismo”…

Jornalista brasiliense postou nudes no Facebook, em 2014, pela campanha “Eu não mereço ser estuprada”

Aproveitando esse gancho do Dia Internacional da Mulher, é preciso dizer que esta data marca lutas históricas, mas também é uma ótima oportunidade para que a classe feminina, no centro das atenções, lembre os seus direitos não respeitados e reivindique outras conquistas importantes. É preciso acabar, no país e no mundo, entre tantas coisas que nos incomodam, com a chamada “cultura do estupro”, com a “cultura do machismo”, com a “cultura da violência”…

O fato de mulheres usarem minissaias, roupas curtas e sensuais, um fio dental ou posarem nuas para revistas, postarem nudes, fotos de biquíni, modelitos, roupas insinuantes, etc, nada disso significa um convite à zombaria, chacota, prostituição ou ao estupro.

Esse tema já foi explorado até em uma recente campanha, intitulada “Eu não mereço ser estuprada”, defendida pela jornalista brasiliense Nana Queiroz, que virou meme nas redes sociais, em 2014, ao repudiar pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que informou um resultado machista, sinalizando, erradamente, que 65% dos entrevistados haviam concordado com a afirmação de que mulheres com roupas curtas e sensuais mereceriam ser atacadas.

Em campanha de repúdio à pesquisa do Ipea – que também indicou que 58,5% dos entrevistados concordariam com a ideia de que “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” – Nana Queiroz postou fotos sensuais, sem roupa, em Brasília, com a frase “Eu não mereço ser estuprada”, no que foi seguida por milhares de outras mulheres na rede social Facebook.

Vejo que a essência feminina, o direito à sua sensualidade sem preconceitos, a mulher em si precisam ser mais respeitados no Maranhão e no Brasil. Mesmo quando aparecem em fotos insinuantes ou nuas, isso não quer dizer que elas estejam pedindo para ser zombadas, usadas, abusadas ou estupradas.
Na verdade, é uma brutalidade ridicularizar a essência feminina, a sensualidade e a imagem da mulher da forma como tem se visto no Brasil, também por meio das redes sociais.

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *