Secretário de Transporte “foge” de vereadores em meio à crise da greve dos rodoviários de São Luís

“Nem Seu Souza!”. O adágio  popular é para satirizar  o “drible” que o secretário  municipal de Trânsito e Transportes, Diego Rodrigues, deu na Câmara de São Luís que não pôde realizar a audiência pública que ocorreria na manhã desta sexta-feira, 28. Enquanto isso, a greve dos rodoviários segue para o quinto dia, sem solução,  e gerando transtornos para a população ludovicense.

Por meio de um ofício, Diego Rodrigues solicitou nova data para prestar os relatórios e esclarecimentos da auditoria no sistema tarifário do transporte público. O presidente da audiência, autor da convocação, vereador Álvaro Pires (PMN), lamentou o ocorrido.

“Lamento que o secretário use como justificativa a falta de conhecimento técnico sobre os assuntos da sua pasta e informo aos senhores que, encerrada a audiência, reuniremos com o presidente da comissão de mobilidade para definir os próximos passos”, declarou.

A convocação do prefeito e seus aecretários municipais é regimental e ocorre por aprovação da maioria absoluta, com o objetivo de prestar informações sobre assunto previamente estabelecido. A ausência injustificada importa infração político-administrativa.

Greve – Astro de Ogum (PCdoB), presidente da Comissão de Mobilidade Urbana, Regulação Fundiária e Ocupação do Solo Urbano, também lamentou e atribuiu a greve, que está hoje no seu quarto dia, ao Executivo e aos empresários do setor do transporte.

“Essa responsabilidade se divide entre o Executivo e os empresários, pois estes são os donos do consórcio. A falta de respeito é imensa! ”, afirmou.

O presidente da Câmara, Chaguinhas (Podemos), fez uma análise do cenário e avaliou que o problema se arrasta desde a licitação, apontando o descumprimento de cláusulas por ambas as partes no pós-licitação. Chaguinhas destacou o papel da Casa com a criação da CPI dos transportes.

“Isso não quer dizer que a Câmara vai se eximir do problema, pelo contrário, vamos buscar o caminho para encurtá-lo. Porém, é necessário colocar as responsabilidades nos seus respectivos lugares. O problema é muito grave!”, finalizou

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