A reunião entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) e do Sindicato das Empresas de Transportes (SET) terminou sem acordo. Na audiência, nesta sexta-feira (18), mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), empresários pediram aumento da passagem de ônibus, que foi negado pela justiça. A greve continua e, neste sábado (19) está em seu terceiro dia.
“Não cabe, neste momento, intervenção do Poder Judiciário nas opções políticas que cabem ao prefeito municipal. Dentre as opções, a escolha até agora tem sido de subsidiar com recursos públicos. Se essa opção é correta ou não, não cabe ao Poder Judiciário interferir”, afirmou o juiz Douglas de Melo Martins, na decisão negando o reajuste de tarifas.
A Prefeitura de São Luís e o SET pediram à justiça que fosse realizada uma perícia contábil no contrato de prestação do serviço de transporte coletivo. O juiz vai nomear o perito que irá realizar a perícia.
Sem acordo, rodoviários fizeram manifestação em frente ao Palácio de La Ravardiére, sede da Prefeitura de São Luís, pedindo posicionamento do prefeito Eduardo Braide (Podemos), em relação as reivindicações da categoria.
Braide recebeu os manifestantes e disse que o município vai cobrar das empresas repasse aos trabalhadores dos valores pagos pela Prefeitura. “Contrato é para ser cumprido. Quando eu aceitei, ainda no ano passado, que o município disponibilizasse um auxílio emergencial ao setor de transporte público, está lá na cláusula do acordo, esse valor todo tem que ser destinado para vocês, trabalhadores. Vamos cobrar e notificar as empresas”, afirmou.
Assim, a capital e demais cidades da Grande Ilha terão um fim de semana sem coletivos e uma greve que deve se estender por muitos mais dias, a exemplo da última, no ano passado, que durou 12 dias.
