As eleições de 2018 apresentam algumas peculiaridades para o mundo político. Se em anos anteriores as articulações e os acordos eram mais claros, hoje se tornaram um cálculo bem difícil para alguns analistas políticos.
A composição de uma chapa com a escolha de um vice pode significar bastante. Em 2014, a escolha de Carlos Brandão, ainda filiado ao PSDB, deu uma larga vantagem para o então candidato Flávio Dino (PCdoB). O ex-tucano agregou tempo de TV e garantiu o apoio de outros políticos e das centenas de diretórios do PSDB no estado.
Neste ano, apesar de estar filiado ao PRB, Brandão ainda apresenta vários pontos positivos para a chapa de Flávio Dino. Uma situação totalmente diferente para os outros concorrentes.
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) ainda tem muita dificuldade em escolher seu vice. Muito se especula pela escolha do senador João Alberto (MDB) para a vaga, mas seu nome sofre muita resistência da própria, que busca um nome jovem para dar um gás ao seu tão rejeitado grupo político.
Roseana também não tem mais o PT para indicar seu vice. O partido garantiu, nas últimas eleições, um bom tempo de TV para o grupo Sarney, mas hoje já faz parte da base de apoio do governador Flávio Dino.
O pré-candidato Roberto Rocha (PSDB) também apresenta dificuldades para fechar sua chapa. Com três nomes disputando a vaga para o Senado, Roberto Rocha ainda não dá sinais de qual nome viável será indicado para vice de sua chapa. Nem mesmo a garantia da vaga e de uma estrutura num possível governo faz com que Roberto feche um acordo com outra legenda.
Com quatro meses para as eleições, a procura de um vice se tornou um dilema para os candidatos. E o tempo para o fechamentos dos acordos já está acabando.