LOTEAMENTO DO ESPAÇO PÚBLICO – São Patrício e companhia “metem a mão” no bolso do consumidor na Jerônimo de Albuquerque

Tabela de preços do estacionamento
Tabela de preços do estacionamento chama atenção pelo preço alto
Autorização da Prefeitura de São Luís
Autorização da Prefeitura de São Luís foi concedida este ano para privatizar o estacionamento
Estacionamento foi privatizado
Estacionamento foi privatizado, como nos shoppings, em um espaço público pequeno e inseguro

A farmácia São Patrício e meia dúzia de lojas resolveram fechar um pequeno e inseguro espaço público, na avenida Jerônimo de Albuquerque, próximo ao Elevado da Cohama, e lotearam o estacionamento do local com preços similares aos dos shoppings centers de São Luís. No intervalo de 16 minutos a três horas, o consumidor tem que pagar R$ 4,00 (quatro reais). Se o tempo for ultrapassado, tem que deixar, além disso, mais R$ 1,00 (um real), totalizando R$ 5,00 (cinco reais).

Que segurança esse estacionamento, sem estrutura, oferece ao consumidor? Por que lotear ou privatizar o espaço? Está correto isso?  O preço é justo?  Não há abusos? São perguntas que faço à Procuradoria de Defesa do Consumidor (Procon), que poderia intervir nessa questão do loteamento do espaço público na capital maranhense, pois em muitos casos está havendo abuso.

Os shoppings cobram o mesmo, mas te oferecem centenas de lojas, praça de alimentação, espaço próprio, muitas vagas e com uma certa segurança e organização. No local da São Patrício, tem meia dúzia de estabelecimentos! Do outro lado da pista, em frente ao São Domingos, há um espaço proibido pra estacionar em que todo mundo coloca o carro.

A São Patrício já vinha ensaiando essa cobrança há pelo menos três meses, mas, aparentemente, não tinha autorização para tal, então não cobrava. Mas a foto acima mostra o alvará, já concedido pela Prefeitura de São Luís neste ano.

“A cobrança é um absurdo, ainda mais 4 reais!!!”, reclamou a psicóloga Ana Guedes que se recusou a ficar no espaço da São Patrício e saiu.

Efeito cascata

Mas isso também é consequência do chamado “efeito cascata”. A São Patrício fica em frente ao hospital São Domingos. Antes, muita gente queria deixar o carro estacionado nesse espaço para não pagar o estacionamento do hospital e os proprietários dos comércios reclamavam que a venda estava caindo porque não havia vagas para os clientes.

A história é semelhante ao que aconteceu na “novela” UDI x Shopping São Luís. Lá, quem passou a cobrar o estacionamento foi o primeiro, porque as pessoas iam ao shopping e deixavam os carros no estacionamento do hospital.
E no frigir dos ovos, como o consumidor é o elo mais fraco dessa ciranda, a coisa toda arrebenta em nossas costas.

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