Lula e Bolsonaro trocam mais ataques na reta final da campanha

No programa eleitoral gratuito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificam o arsenal de ataques um ao outro. O candidato à reeleição resgatou declarações com críticas contundentes de antigos adversários de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que agora são apoiadores do candidato petista nestas eleições. Já o petista atrelou o atual mandatário ao orçamento secreto. Os candidatos também apresentaram propostas na propaganda eleitoral.

Falas de Ciro Gomes (PDT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foram resgatadas na inserção de Bolsonaro, que menciona que são “farinha do mesmo saco”. “Falaram bonito em democracia, disseram ser contra a corrupção. No final era tudo mentira, tá tudo abraçado junto com o ladrão”, diz letra do jingle do programa.

O programa eleitoral de Lula apostou em tentar vincular Bolsonaro ao chamado “orçamento secreto”, que consiste na liberação de verbas indicadas por parlamentares sem clareza sobre destino e autor dos pedidos.

A campanha de Lula diz que este é o “maior esquema de corrupção da atualidade”, e o denomina “Bolsolão”. “Bolsonaro pega bilhões do orçamento federal que iriam para a saúde, educação e outras áreas e usa para comprar apoio de deputados”. Em seguida, a locução crava que os valores desse orçamento vão para fraudes e desvios de verbas.

Adotado em 2020 pelo Congresso Nacional, o “orçamento secreto” ou “orçamento paralelo” é como ficaram conhecidas as emendas de relator (identificadas pelo código RP-9) no Orçamento Federal, que destinam uma fatia dos recursos públicos da União para livre execução de deputados e senadores em obras e melhorias em seus redutos eleitorais. Não há, entretanto, ingerência do poder Executivo na destinação desses recursos. O projeto de lei orçamentária de 2023 reserva R$ 19,4 bilhões para as emendas de relator.

Ao ser questionado sobre esse tema no último debate entre os candidatos à Presidência da República antes da votação em primeiro turno, veiculado pela TV Globo, Bolsonaro afirmou que não há participação do governo federal na destinação de verbas do orçamento secreto. “Eu não indico um só centavo nesse dito orçamento secreto. Ele é totalmente administrado pelo relator, ou da Câmara ou do Senado. Não existe da minha parte qualquer conivência com esse orçamento”.

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