A nova munição é mais uma greve dos rodoviários de São Luís que afeta mais de 700 mil pessoas na capital maranhense. Acionando o gatilho, os deputados estaduais Yglésio Moysés (PSB), Wellington do Curso (PSC), Eric Costa (PSD) e Osmar Filho (PDT) dispararam, na sessão plenária desta quarta-feira (26), contra o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD). A gestão municipal enfrenta a terceira paralisação total dos ônibus em um ano que antecede a disputa municipal de 2024, que se avizinha.
Para o deputado Yglésio, que é pré-candidato declarado a prefeito de São Luís, Braide não estaria cumprindo com suas promessas de campanha. “A palavra do prefeito não tem nenhum valor porque tudo o que ele disse que faria de melhorias no transporte público está acontecendo exatamente o contrário. Não tem ônibus novo, tampouco incrementos na qualidade do transporte. Isto é estelionato eleitoral”, acusou.
Wellington do Curso, outro pré-candidato a prefeito de São Luís declarado, cobrou o cumprimento da decisão judicial que prevê a circulação de 70% da frota e uma solução para a greve por parte da prefeitura. “Esse caos no sistema de transporte coletivo de São Luís se estende desde a gestão João Castelo. É o terceiro ano de Braide e temos a terceira greve. É preciso que se encontre uma solução porque a população não aguenta mais. E não adiante só retornar os ônibus. É preciso circular mais ônibus com atendimento adequado à população”, ressaltou.
Na mesma linha crítica, o deputado Osmar Filho cobrou do prefeito uma atitude de liderança e de diálogo em busca de uma solução para o problema. “É preciso que o prefeito mantenha um canal de conversação com a Câmara de Vereadores e, juntos, busquem encontrar uma solução para o impasse que está criado em relação aos subsídios ao sistema de transporte público de São Luís”, disse.
Diálogo
Por outro lado, Eric Costa, que é do mesmo partido do prefeito Braide, defendeu o posicionamento da Casa em relação à greve no transporte público da capital. “É momento de implantarmos uma frente para buscarmos o diálogo, acionarmos os sindicatos, o Ministério Público, convocarmos a Prefeitura, o Procon para chegarmos a uma solução”, sugeriu.
Por sua vez, o deputado Osmar Filho, que é do PDT, partido que apoio a eleição do prefeito, questionou Eduardo Braide porque, em vez de suspender o subsídio com o argumento de não cumprimento por parte dos empresários, o gestor não buscou mecanismos par obrigar os empresários a cumprirem com suas responsabilidades.
“São mais 700 mil usuários de transporte coletivo, pessoas que diariamente necessitam do serviço. É um prejuízo incalculável. Fica registrada a falta de sensibilidade do prefeito Braide e o apelo para que possa liderar o quanto antes este processo e buscar equacionar essa situação”, apontou Osmar Filho.