A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (8), a operação “Stop Loss”, com o objetivo de desarticular suposto grupo criminoso que, possivelmente, praticava crimes contra o sistema financeiro nacional por meio da chamada ‘pirâmide financeira’ou Esquema Ponzi. O caso teria ocorrido em diversas cidades do Maranhão e também, do Piauí.
O inquérito policial foi instaurado em 2022 e apurou que o grupo teria arrecadado das centenas de vítimas, montante que ultrapassa R$ 60 milhões de reais.
Os investigados teriam se apresentado como “traders” para captar economias de vítimas e investidores, a pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários. As investigações mostraram suposta captação de recursos de clientes com promessas de ganhos mensais de até 25% sobre o capital investido. Estes valores seriam supostamente aplicados no mercado financeiro por meio de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A CVM é a instituição oficial para captar recursos e realizar investimentos no mercado.
Segundo a polícia, os investigados supostamente emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo, em nome de empresa que seria de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM e sem qualquer lastro ou garantia suficientes.
A investigação apura ainda se os valores disponibilizados pelas vítimas e investidores variavam de R$ 5 mil a R$ 4,2 milhões e se eram, supostamente, depositados em contas da empresa de fachada e contas pessoais de membros da associação, entre elas familiares e amigos dos investigados.
Os suspeitos podem responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e da Polícia Civil do Piauí.
Foram mobilizados 12 policiais federais para o cumprimento de quatro mandados judiciais, nas cidades de Teresina/PI e São José dos Pinhais/PR, sendo dois mandados de Prisão Preventiva e dois mandados de Busca e Apreensão Domiciliar. As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano/PI.
