A Polícia Federal deflagrou uma operação, na manhã desta quinta-feira (26), para combater suposto grupo criminoso especializado em fraudes em licitações. Segundo a investigação, o grupo teria desviado dinheiro público no município maranhense de Cachoeira Grande.
Na operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Luís, São José de Ribamar, Bacuri e Cachoeira Grande após determinações judiciais expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal. Os alvos são empresários de três empresas que teriam sido beneficiados no esquema e a pregoeira do município, mas o nome deles não foi informado pela polícia.
Batizada de ‘Deterrimus’, a operação é resultado de uma investigação que teve início a partir de dados do Ministério Público de Contas do Maranhão. Nas apurações, um processo de licitação para a contratação de uma empresa para comprar material de limpeza e descartáveis para as secretarias municipais teria sido direcionado para beneficiar empresários.
Ao todo, os contratos somam pouco mais de R$ 430 mil e parte da quantia pode ter sido desviada. Segundo a PF, além de confirmar as suspeitas do Ministério Público de Contas, há ainda a grande chance das empresas envolvidas na licitação serem de fachada.
A polícia informou que foi identificada suposta existência de ligações financeiras entre os empresários que participaram da licitação. Ainda segundo as investigações, muitos deles ostentavam padrão de vida e patrimônio que não seriam compatíveis com a estrutura das empresas que supostamente administravam. Eles também receberam, segundo a polícia, benefícios assistências em 2020 e 2021, indicando serem laranjas que atuam na estrutura criminosa.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados podem responder pelos crimes de fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa, com penas que somadas podem chegar a 21 anos de prisão. A Prefeitura de Cachoeira Grande para se posicionar sobre as acusações da Polícia Federal e aguarda retorno.
