Apesar das aulas presenciais na rede municipal de São Luís terem sido retomadas, elas devem ser suspensas novamente. Isso por conta do indicativo de greve dos professores, confirmado, durante assembleia geral da categoria, para dia 18 deste mês. Os professores não aceitaram proposta de 5% de reajuste, oferecida pela Prefeitura. O Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (Sindeducação) informou que está disposto a defender a carreira e deflagrar o movimento grevista por tempo indeterminado.
O reajuste oferecido pela Prefeitura é para profissionais do magistério com nível superior que a categoria considerou inaceitável. Os professores querem ainda que o aumento alcance todas as carreiras do magistério. O índice defendido pelo sindicato é de 36,56% de reajuste para o nível superior.
O Sindeducação pontuou que outros municípios maranhenses, com orçamentos menores que o de São Luís, concederam reajuste com o percentual da Lei do Piso e abrangendo toda a categoria. Um exemplo citado pela entidade foi o reajuste de 35%, concedido pela prefeitura de São José de Ribamar.
Segundo o Sindeducação, a greve, que será deflagrada, é para corrigir cinco anos de perdas salariais, buscar condições dignas de trabalho e lutar por mais investimentos nas escolas do município. Os professores que participaram da assembleia declararam que não abrem mão de um reajuste digno e que vão manter o indicativo de greve.
Será mais um embate para o prefeito Eduardo Braide (Podemos) contornar. Em consequência desta greve que está prometido, a população também deverá se manifestar, pois, após mais de dois sem aulas, o retorno presencial era muito aguardado.
