“Estamos diante de fatos novos que ensejam o reforço da segurança”, disse o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), nesta segunda-feira (26), sobre os acampamentos em frente aos quartéis. Ele frisou que é preciso haver um reforço na segurança para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a Polícia Civil do Distrito Federal ter prendido, no último sábado, um suspeito de colocar um artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília.
Flávio Dino disse ainda, esperar que as autoridades constituídas tomem as medidas cabíveis para desmobilizar estes acampamentos diante dos quartéis, até o dia 31 de dezembro. Ele destacou que a medida é urgente. “Estamos diante de uma situação ilegal, agora configurada de forma cabal”, alertou.
O futuro ministro destacou que se está diante de crimes contra o Estado de Direito e “atos de terrorismo”. Ele afirmou esperar que haja um quadro de normalidade durante a posse com essa desmobilização dos acampamentos. Segundo ele, tentar interromper a posse por um ato violento é um mal que não pode ser banalizado.
“Não se trata de um lobo solitário, há gente poderosa por trás disso e a polícia vai apurar, não vamos permitir terrorismo político no Brasil. Vamos apurar as conexões entre agentes privados e agentes públicos e os acampamentos nos quartéis onde estava o suspeito preso”, reforçou Dino.
O Ministério da Defesa informou que a questão sobre retirada das estruturas nas imediações dos quartéis é com o Exército. O Exército não se manifestou.
