O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), receberam na tarde desta segunda-feira (12), em cerimônia na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, seus respectivos diplomas eleitorais, documentos que os habilitam a tomar posse.

Em um discurso após receber o documento, Lula se emocionou ao lembrar da sua primeira diplomação, em 2002, e disse que o povo brasileiro “escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio”.

“Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República”, disse Lula.

Lembrando dos apoios que obteve, ressaltou que o resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido. “Tive o privilégio de ser apoiado por uma frente de 12 partidos no primeiro turno, aos quais se somaram mais dois na segunda etapa. Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo, que hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas, e fortalece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares deste país”, destacou o presidente eleito.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, também discursou. Ele criticou “ataques antidemocráticos” durante o processo eleitoral e prometeu responsabilizar “os que atacaram a democracia”.

“Essa diplomação atesta a vitória plena e incontestável da democracia e do Estado de direito contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e contra o discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados que, já identificados, garanto serão integralmente responsabilizados. Para que isso não retorne nas próximas eleições”, disse Moraes.

Lula foi eleito presidente da República em 30 de outubro, no segundo turno das eleições de 2022, ao derrotar Jair Bolsonaro. O petista recebeu 60.345.999 votos — ou 50,9% dos votos válidos.

As diplomações de senadores e governadores são responsabilidade dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), e estão marcadas para ocorrer até 21 de dezembro.

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