“Missão foi cumprida”, diz Capelli sobre intervenção no DF

Esta terça-feira (31) é o último dia do período de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Durante 23 dias, o Governo Federal esteve no comando da capital da República. A partir de quarta-feira (1º), o controle voltará ao governo local – no mesmo dia em que deputados e senadores serão empossados e que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma os trabalhos.

Ele avaliou que a função da intervenção foi “totalmente cumprida”. Durante o período em que esteve na chefia, ele trocou comandos da SSP e liderou a operação responsável por prender os vândalos que estavam na Praça dos Três Poderes e no acampamento bolsonarista no quartel do Exército em Brasília.

Em suas redes sociais, Capelli anunciou o encerramento da missão. “Termina hoje a intervenção. Agradeço ao presidente @LulaOficial e ao ministro @Flavio Dino pela confiança. Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado. Retorno ao MJSP com o sentimento de dever cumprido”, postou.

Durante a intervenção, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e escolhido como interventor pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi responsável por “reorganizar” a Secretaria de Segurança Pública do DF, após os atos de 8 de janeiro.

Capelli também participou do planejamento de segurança para grandes eventos da capital, como o jogo entre Flamengo e Palmeiras e a posse dos deputados e senadores.

No decorrer dos 23 dias, ele trabalhou ao lado da vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), já que o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Prisões e inquéritos

No tempo em que Cappelli esteve no comando, Moraes determinou a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres e do ex-comandante da Polícia Militar (PMDF) Fábio Augusto Vieira. Mais de 900 participantes dos atos de vandalismo também foram presos e, agora, aguardam o andamento do processo no STF.

Ibaneis, Torres, Fábio e Fernando de Sousa Oliveira, ex-número dois da SSP e que estava no comando da pasta no dia 8, são investigados em inquéritos separados. A Polícia Federal cumpriu mandatos de busca e apreensão em endereços ligados aos três. A medida, autorizada por Alexandre de Moraes, foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O governador reeleito pelo DF segue afastado até, pelo menos, abril. Já Torres deve depor à Polícia Federal, pela segunda vez, na quinta-feira (2), no 4ª Batalhão da PM. Na primeira vez, o ex-secretário ficou em silêncio, alegando que os advogados ainda não tinham tido acesso ao processo.

Fábio Augusto também segue preso. Em depoimento, ele disse que o Exército Brasileiro impediu a ação dos PMs para conter os extremistas durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o coronel, o Exército, a todo momento, “discordou da operação”. A defesa do ex-comandante já entrou com três pedidos de revogação da prisão preventiva.

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