Rosa Weber assume presidência do STF e quer evitar polêmicas antes das eleições

A ministra Rosa Weber assumiu, nesta segunda-feira (12), a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e vai evitar, até a conclusão do processo eleitoral, pautar processos polêmicos e com potencial para inflamar o ambiente político.

Casos controversos, como as ações que questionam o chamado “orçamento secreto” e o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daniel Silveira (PTB) ficarão fora da pauta das próximas semanas. Cabe ao presidente do STF, por exemplo, definir as votações no plenário da Corte.

Vista como uma ministra de perfil discreto, Rosa Weber teve uma solenidade de posse mais simples do que as que costumam ocorrer na Corte. Não houve, por exemplo, o tradicional coquetel servido após a cerimônia nem o jantar oferecido por entidades da magistratura.

A ministra deve presidir a Suprema Corte por pouco mais de um ano. Isso porque terá de se aposentar até outubro de 2023, quando completa 75 anos de idade.

A magistrada é a terceira mulher a ocupar o posto mais alto do Judiciário brasileiro. Antes dela, presidiram a corte as ministras Ellen Gracie, que já se aposentou, e Cármen Lúcia – que esteve a frente do STF de 2016 a 2018.

Natural de Porto Alegre (RS), Rosa Weber presidirá ainda, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971; foi indicada para o STF em 2011, pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Antes, foi juíza do trabalho, com passagens pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). De 2018 a 2020, foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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