Caso Mariana – Assassino de sobrinha de Sarney começa a ser julgado…

Lucas Porto foi flagrado pelas câmeras do condomínio de Mariana no momento do crime

Teve início o julgamento de Lucas Porto, assassino confesso da sobrinha-neta do  ex-senador José Sarney, Mariana Costa. As audiências acontecem na 4ª Vara de Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, em São Luís.

Neste primeiro momento, foram arroladas 16 testemunhas. A jovem foi estuprada e morta em seu próprio apartamento, em caso que teve repercussão nacional, em novembro do ano passado. O juiz que preside a sessão é José Ribamar Goulart Heluy Júnior.

Segundo informações,  Lucas Porto deverá ser o último a prestar depoimento.  Antes do início dos depoimentos,  amigos e familiares da vítima fizeram uma manifestação, em frente ao fórum, para pedir justiça e punição ao assassino confesso. Há de se considerar a celeridade do julgamento do crime que ocorreu há poucos meses e envolve a família de um ex-presidente da República.

A primeira testemunha a depor foi o delegado Lúcio Rogério, da Superitendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP).  Foi ele quem efetuou a prisão do acusado, horas depois do crime.

O crime

O assassino confesso foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Ele responde por três crimes: estupro, homicídio e feminicídio. Os laudos periciais confirmaram o estupro.

Mariana estaria dormindo e despida quando o assassino confesso chegou ao local do crime, em novembro do ano passado.  Lucas Porto tinha informações de como entrar no apartamento da cunhada e sabia que ela estaria sozinha naquele momento.

Segundo a acusação, após a consumação dos crimes, Lucas Porto modificou o ambiente tentando dar uma aparência de normalidade, por isso gastou tempo arrumando o quarto da vítima para sugerir que teria sido suicídio ou outra coisa que não os crimes cometidos por ele.

As circunstâncias

Lucas Porto confessou ao Sistema de Segurança Pública do Estado a autoria do assassinato da publicitária Mariana Costa. O assassino confesso disse que nutria desejo, “paixão incontida” pela jovem e não resistiu ao encontrá-la nua (ela saía do banho nesse momento, quando foi surpreendida pelo cunhado).

Lucas Porto era cunhado da vítima. Segundo o assassino confesso, a motivação teria sido uma “atração muito forte” que ele tinha por Mariana. Contou aos delegados que, ao chegar ao apartamento, encontrou a porta aberta e foi ao quarto, quando surpreendeu a cunhada sem roupa. Diante disso, segundo ele, resolveu consumar seu “desejo sexual”.

O assassino confesso negou que houvesse qualquer tipo de relacionamento amoroso entre ele e a vítima. Disse que o desejo e a paixão eram unilaterais, ou seja, partiam apenas dele.

Pelo relato do assassino, Mariana reagiu ao ato de violência sexual e o agressor a matou por asfixia. Segundo os delegados, em entrevista coletiva, teria havido violência de natureza sexual.

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