Deputados tentam esvaziar poder de Waldir Maranhão na Câmara

Waldir Maranhão diz que não renuncia de jeito nenhum
Waldir Maranhão diz que não renuncia de jeito nenhum

As discussões em torno da permanência do deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência da Câmara devem continuar nesta semana entre os deputados. Maranhão assumiu o comando da Casa no lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os partidos avaliam meios de esvaziar o poder de Maranhão, para que a Câmara seja conduzida por um colégio de líderes, já que o deputado se recusa a renunciar ao posto de vice-presidente. Neste caso, o primeiro-secretário, deputado Beto Mansur (PRB-SP), conduziria as sessões.
“Eu devo assumir parte dos trabalhos. O deputado Giacobo (segundo vice-presidente) também pode conduzir as sessões. Vamos ajudar. O que não pode é a Câmara ficar parada num momento como esse”, disse Beto Mansur.

Na semana passada, cresceu o movimento de parlamentares que não querem Maranhão na presidência. Integrantes do PPS e DEM entendem que ele não tem condições de conduzir os trabalhos da Câmara.

Waldir Maranhão, no começo da semana passada, anunciou que tinha anulado a sessão que enviou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff da Câmara para o Senado.
O ato causou irritação da maior parte dos deputados, que tinha se posicionado pelo afastamento da petista. Depois de o Senado ignorar a decisão de Maranhão, o deputado voltou atrás e revogou a anulação da sessão.

PROCESSO DE CUNHA

O Conselho de Ética deve ouvir na terça-feira (17) a terceira testemunha de defesa do processo de Eduardo Cunha: o advogado e professor de direito da USP Tadeu de Chiara. Em seguida, o colegiado deverá votar uma consulta que trata da substituição de integrantes titulares do conselho.

Uma quarta testemunha também poderá ser ouvida, mas ainda não confirmou a sua presença. Na quinta-feira (19), acaba a fase de instrução, com a coleta de provas e depoimentos. No final dessa etapa, a defesa de Cunha será ouvida novamente. O próprio Cunha poderá ir ao colegiado, mas até o momento não deu indicações de que o fará.

Depois dessa etapa, começa a contar o prazo de dez dias úteis para o relator, Marcos Rogério (DEM-RO), apresentar o seu parecer.

Ainda no colegiado, poderá ser instaurado um processo por quebra de decoro contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Durante a votação do processo de impeachment na Câmara, Bolsonaro reverenciou o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça brasileira como torturador no período da ditadura militar (1964-1985).

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