Flávio Dino defende desarmamento e justiça antirracista

O próximo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) defendeu, em entrevista à imprensa, o desarmamento e a ‘Justiça antirracista’. Ele disse ainda, que vai buscar promover o desarmamento da sociedade e evitar politização das polícias. Dino foi anunciado mandatário da pasta, na última sexta-feira, pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dino também destacou prioridades de sua gestão na pasta.

Sobre o desarmamento, Dino disse que armas não podem continuar sendo utilizadas para crimes dentro das casas e de locais públicos. “Nas zonas urbanas, também teremos a volta à lei, no que se refere ao armamentismo. Precisamos fazer com que as armas não sejam transformadas em instrumentos de perpetração de crimes nos lares, nos locais de trabalho e nas escolas”, afirmou.

Disse ainda que o futuro governo adotará estímulos, até mesmo econômicos, para a entrega de armas por parte da população. “Haverá estímulos à entrega voluntária [de armas], inclusive, vamos procurar estímulos econômicos. E vamos encurtar o registro. Se a pessoa diz que tem uma arma, é preciso que apresente para sabermos se a arma existe mesmo e onde ela está. E haverá, com efeitos futuros, vedação a certas aquisições como essas de fuzis, metralhadoras e assim sucessivamente. É absolutamente descabido”, completou.

Defendeu a não politização das polícias. “Uma coisa é o direito ao voto. Pouco importa ao nosso governo em quem cada policial votou ou vai votar. Mas, a sua atuação profissional não pode estar pautada pelo seu apetite individual”, completou.

Flávio Dino destacou que a Justiça deve ser antirracista. “Não basta à Justiça não ser racista, é preciso que ela seja antirracista, ou seja, que ela difunda um cultura da paz, dos direitos humanos, da igualdade e da lei. A mesma coisa em relação ao feminicidio”, argumentou.

Dino também afirmou que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) deve retornar ao Ministério da Justiça ou ao da Defesa. No governo Jair Bolsonaro (PL), o Coaf foi para o Banco Central. financeiro.

“Hoje o Coaf está sob autoridade do Banco Central. É uma localização esquisita, eu diria, porque o Banco Central tem independência. Não é propriamente atribuição da autoridade monetária, tem tantos deveres e ter que cuidar de mais isso. Aparentemente, havia uma ideia de escantear esse órgão tão importante”, completou. Cabe ao Coaf, por exemplo, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas no sistema financeiro.

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One thought on “Flávio Dino defende desarmamento e justiça antirracista

  1. Flávio Dino é um político competente, entretanto, está falando muito, ele deve deixar para implementar os seus planos quando assumir o ministério, cautela e caldo de galinha não faz mal para ninguém!

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